Cerca de 40 alunos da do Instituto Embelleze do Méier foram surpreendidos pelo fechamento da unidade e de seis cursos profissionalizantes da área de beleza. Com isso, eles realizaram uma manifestação diante da escola, na Rua Dias da Cruz 147, no último sábado (24).
A comunicação de fechamento da escola foi enviada aos alunos na véspera do reinício das atividades.
As alunas também questionam o motivo da paralisação das aulas e o fim do curso. No dia 12 de abril, um cartaz fixado na porta do instituto anunciava um fechamento temporário. O motivo alegado foi a existência de um problema elétrico nas instalações, o que necessitaria de manutenção.
O comunicado marcava o retorno das atividades para o dia 19 de abril. Mas não foi isso que aconteceu.
A indignação é grande. A aluna Tereza Beatriz faz curso de depilação na unidade. Faltam apenas duas aulas práticas para o término. Ela já pagou mais de R$ 1.200,00.
“Fechou e não nos deram satisfação. Não é qualquer pessoa que tem condições financeiras de arcar um custo de estudo na área de beleza e estética. É um descaso muito grande. Eu e todas as colegas estamos sem certificado. Queremos providências do dono da marca Embelleze”, disse.
Já a aluna Ana Marta manifesta decepção com o ocorrido:
“Estamos nos sentindo violentadas em nosso direito. Os alunos estudam, pagam mensalidade antecipada e eles não querem dar o certificado. Estão há uma semana fechados. É direito nosso. Têm alunos faltando duas aulas, uma aula para o fim. Por isso, estamos reivindicando”, conta.
Outras alunas chegaram a efetuar o pagamento dos cursos antes das medidas de restrições de atividades, como Giulia Letícia de Oliveira dos Santos, que pagou R$ 269,00 de uma parcela adiantada.
Alunos pagaram normalmente as mensalidades do curso. Foto: Arquivo Pessoal
Os alunos fizeram dois boletins de ocorrência na delegacia virtual da 26ª DP (Todos os Santos). Procurada pelo Portal Eu, Rio!, a Polícia Civil informou que "os Registros de Ocorrência foram suspensos. No entendimento da delegacia, os fatos não caracterizam estelionato e sim uma relação de consumo que deve ser motivo de um pleito por indenização perante uma ação cível".
Em comunicação enviada por e-mail aos alunos, a direção do instituto Embeleze do Méier alegou prejuízos por conta da pandemia