TOPO - PRINCIPAL DOE SANGUE - 1190X148

Candidatos respondem como livrar cariocas da linha de tiro

Nove em cada dez moradores do Rio vêem bala perdida como maior medo.

Por Cezar Faccioli em 20/09/2018 às 17:24:22

Rio de Janeiro já registra 116 vítimas de bala perdida neste ano. Foto: Reprodução/TV

Só este ano 116 pessoas foram vítimas de bala perdida no Grande Rio. Quatorze dessas vítimas eram idosos e dezenove eram crianças. Agora em 2018, de janeiro a agosto, os registros de tiroteios somaram 6.504, ante 6.004 no ano passado inteiro. São 26 confrontos a bala por dia, ante 16 diários em 2017.

Dados como esses ajudam a explicar porque, em pesquisa Datafolha com base em dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 92% dos cariocas temem ficar no meio de um confronto armado. Com um em cada três moradores da cidade, isto já aconteceu. Por isso, em uma série de vídeos, o laboratório de dados Fogo Cruzado perguntou aos candidatos mais bem colocados nas pesquisas ao Palácio Guanabara: 

Qual é a sua proposta para tirar o morador do Rio da linha de tiro? Como reduzir a violência armada? Como tirar as pessoas da linha de tiro? 

Os candidatos ao Governo do Rio Eduardo Paes (DEM), Tarcísio Motta (PSOL), Índio da Costa (PSD), Pedro Fernandes (PDT),Romário (PODEMOS) e Márcia Tiburi (PT), responderam.

No dia da elaboração dos vídeos, Anthony Garotinho tinha sido declarado inelegível pelo Tribunal Regional Eleitoral, e ainda não obtivera a liminar permitindo sua candidatura, concedida pelo ministro Og Fernandes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).Confira as respostas:

Eduardo Paes (DEM): O NÚMERO DE POLICIAIS EM SÃO GONÇALO, NA BAIXADA FLUMINENSE, EM BOA PARTE DO INTERIOR, É INACEITÁVEL. VAMOS AUMENTAR O EFETIVO E COLOCAR MAIS POLÍCIA NAS RUAS.

O que a gente precisa no Estado é aumentar o efetivo policial. Estamos com o efetivo muito baixo, em áreas específicas isso é mais grave ainda. Você olha para o número de policiais da Baixada Fluminense, em São Gonçalo, em boa parte do interior do Estado, é inaceitável. Nós vamos aumentar esse efetivo, trabalhar muito contra esse número de homicídios, para reduzir o índice de roubo nas ruas. Vamos pôr o pessoal para trabalhar nas manchas criminais, procurando onde esses tiroteios, esses roubos acontecem, onde tem mais homicídios, e atuar nesses locais. Isso se faz com polícia, com mais polícia nas ruas.

Tarcísio Motta (PSOL): É A CHANCE QUE TEMOS PARA COMBATER, PRIORITARIAMENTE, O TRÁFICO DE ARMAS, DA FISCALIZAÇÃO DO COMÉRCIO INTERNACIONAL À LAVAGEM DE DINHEIRO.

É preciso mudar todo o sentido da política de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. Substituir a lógica do confronto pela lógica da inteligência, da prevenção e da investigação. Isso significa reorientar as prioridades orçamentárias, investindo pesadamente em tecnologia e em formação, reequipando as delegacias especializadas e a própria Polícia Civil. Isso é a chance que nós temos para combater, prioritariamente, o tráfico de armas, seja na fiscalização do tráfico internacional, seja no combate aos esquemas de lavagem de dinheiro que permitem o comércio ilegal de armamentos, seja no controle dos paióis públicos, das lojas de venda de armas e das empresas de segurança privada. Desta forma, a gente retira as armas de circulação e diminui pra caramba os tiroteios que hoje afligem a vida dos cidadãos do Rio de Janeiro.

Índio da Costa (PSD): BANDIDO NÃO PODE TER AS ARMAS QUE TEM. NÃO HÁ MAIS METRO QUADRADO SEGURO NO ESTADO. A PRINCIPAL ATIVIDADE SERÁ A INVESTIGAÇÃO, PARA RESOLVER O CRIME, DE CIMA PRA BAIXO.

É inaceitável essa quantidade de bandido armado no Rio de Janeiro. A primeira tarefa do próximo governador é estruturar as polícias, dar para elas todos os equipamentos e ferramentas de trabalho, para desarmar o crime. Bandido não pode ter as armas que tem. Por isso que toda hora a sociedade de bem está vulnerável na Linha Amarela, na Linha Vermelha, na Avenida Brasil, na Via Dutra, em cada esquina. Não tem mais metro quadrado seguro no Estado. Eu, governador, vou resolver esse problema. Vou garantir que as polícias (Civil e Militar) façam seu trabalho. Darei todo apoio, e vou cobrar resultado. A principal atividade será a investigação, para resolver o crime, de cima para baixo. Vamos pegar o tubarão, quem está importando droga, quem está importando arma, e vamos acabar com isso. Ninguém aguenta mais. Com segurança, a gente vai destravar a economia e gerar oportunidades no Estado do Rio.

Pedro Fernandes (PDT): CONSEGUIREMOS INTERROMPER A POLÍTICA DO ENFRENTAMENTO SE GERARMOS OPORTUNIDADES, PARA QUE AS CRIANÇAS DE HOJE NÃO SEJAM OS MARGINAIS DE AMANHÃ.

Eu vou priorizar o policiamento ostensivo para que a população volte a andar nas ruas com tranquilidade. E a solução passa pela reposição do efetivo. O Rio perde, todos os anos, mais de mil e quinhentos militares e mil policiais civis. Precisamos dar condições a esses profissionais de segurança pública e ampliar o programa Segurança Presente, já que é limitado a algumas áreas da cidade do Rio de Janeiro. Investir em inteligência e tecnologia, como o monitoramento com software de reconhecimento facial e de placas, para prevenir arrastões e o roubo de transeuntes, de carros e de carga. Só conseguiremos interromper a política do enfrentamento se gerarmos oportunidades, para fazer com que as crianças de hoje não sejam os marginais de amanhã.

Romário Farias (Podemos): TEM TIDO MUITO COMBATE ENTRE FACÇÕES CRIMINOSAS. TEMOS QUE DIMINUIR ESSES PODERES PARALELOS PARA DAR À POPULAÇÃO DE VOLTA O DIREITO DE IR E VIR. 

Tem tido muito enfrentamento, combate entre facções. No meu governo, com certeza, isso não pode acontecer. Nossas polícias tem que fazer um trabalho integrado com Polícia Federal, PRF (Rodoviária), Exército, com bastante inteligência, tecnologia e investigação. Para a gente diminuir, definitivamente, esses confrontos e diminuir esse poder que esses poderes paralelos têm em nosso Estado. E, consequentemente, dar à nossa população o que ela mais quer, que é tranquilidade, direito de ir e vir.

Maecia Tiburi (PT):PLANEJAMENTO E INTELIGÊNCIA REDUZEM O NÚMERO DE CONFRONTOS. VAMOS INVESTIR EM TECNOLOGIAS ADEQUADAS PARA INTERVENÇÃO EM ÁREAS DENSAMENTE POVOADAS. 

Não existe resposta fácil para problemas complexos. Para além do aumento de efetivo policial, para as áreas de maior incidência de tiroteios, o que não adianta se aplicado isoladamente, nós vamos exercer um efetivo controle sobre os planos de intervenção em áreas conflitivas. Planejamento e inteligência reduzem o número de confrontos. Vamos investir em tecnologias adequadas para intervenção em áreas urbanas densamente povoadas. Mais planejamento reduz o risco, por exemplo, de que exista revide às ações da polícia. Em resumo, um maior investimento. Não propriamente de dinheiro, mas de tempo, de suor mesmo, mas também de tecnologia, para preservar vidas de moradores e de policiais.  


Os links para os vídeos estão aqui: 


Como combater a violência?


Fogo cruzado






  


POSIÇÃO 3 - DENGUE1190X148POSIÇÃO 3 - DENGUE 1190X148
Saiba como criar um Portal de Notícias Administrável com Hotfix Press.