Na manhã desta sexta-feira, por volta das 7h30, a demora de um trem revoltou usuários esperavam na Estação de Deodoro, na Zona Norte do Rio, que esperavam o transporte para poderem chegar ao trabalho. O trem vinha no sentido Central do Brasil. Os usuários invadiram os trilhos e fizeram uma manifestação, provocando quebra-quebra. O protesto interrompeu a circulação dos trens nos ramais de Japeri, Santa Cruz, Deodoro e Paracambi.
Outro motivo de insatisfação foi em relação ao valor da tarifa do modal, de R$ 5, considerado caro em relação à qualidade do transporte. Este sofre com furtos de cabo de sinalização, energia e de fixadores de dormentes (acessórios que fixam os trilhos). Outro problema recorrente é a invasão de pessoas que pulam os muros que separam as linhas férreas das vias urbanas para pegar o trem sem pagar a passagem.
Procurada, a concessionária Supervia, que administra o transporte ferroviário, informou que foi necessário realizar uma manutenção emergencial na via férrea em Comendador Soares por volta das 6h20. Os intervalos do ramal Japeri ficaram irregulares e a manutenção foi finalizada por volta das 8 horas.
Às 7h36, um trem do ramal Japeri que seguia para a Central do Brasil ficou parado na estação Deodoro para atendimento médico a um passageiro. Algumas pessoas vandalizaram esse trem e acessaram indevidamente à via férrea, impedindo a circulação das composições em algumas linhas. Em função desta ocorrência, a SuperVia precisou interromper a operação nos ramais Japeri e Santa Cruz , interligado ao ramal Deodoro e as estações foram fechadas. A Polícia Militar foi acionada para solução desta ocorrência. Às 10h54, a operação foi retomada e as estações reabertas.
Foto: Reproducção Redes Sociais
"A todo momento, os clientes foram informados sobre o fato por meio dos canais de relacionamento da concessionária. A SuperVia alerta para o perigo de acessar indevidamente à via férrea, área exclusiva de circulação dos trens. Já o valor da tarifa é calculado de acordo com a variação do IGP-M, índice previsto no contrato de concessão", disse comunicado da concessionária.
Ainda de acordo com a SuperVia, todos os casos de roubos e furtos são registrados em delegacia. Conforme o contrato de concessão, a segurança pública nos trens e estações é uma atribuição do Governo do Estado, que atua por meio dos seus órgãos policiais. Os agentes da SuperVia não têm poder de polícia e acionam os órgãos competentes sempre que necessário. Além disso, segundo a empresa, há diálogo com as autoridades para solicitar o aumento do patrulhamento ostensivo no sistema e contribuir com informações que levem a identificação dos criminosos.