Uma antologia que apresenta contos sobre vampiros e que traz semelhanças com a atual pandemia. Pode parecer que ambos os temas não tenham ligação alguma, mas o contista e sonetista Eduardo Maciel junta os dois assuntos com o conto “Maximiliano da Sicília”, integrante da antologia "Era Vampire". A obra faz uma analogia muito precisa e sutil sobre o momento pandêmico que o mundo vive desde 2020 por causa do surgimento do novo coronavírus. Organizado por Rafael Danesin e publicado sob o selo da Encontros Editorial, a antologia apresenta contos vampirescos das mais diversas cepas.
O conto apresenta Max, um sanguinário vampiro que vê na pandemia uma oportunidade incrível para sair da obscuridade, fugir dos bancos de sangue e se fartar diretamente nos corpos de pessoas contaminadas com o corona vírus, em seus leitos de quase morte. Sem pena, sem freio e sem antagonista capaz de pará-lo, o vampiro não precisa de licença para se saciar.
Cantor, compositor, artista circense e gestou cultural, Maciel mora na cidade de São Paulo e já ganhou diversos prêmios por iniciativas ligadas à cultura. E ele resolveu se inspirar na capital paulista para contar a história retratada na obra. Isso porque, no conto, o vampiro a cidade de São Paulo com a morte travestida de covid.
Qualquer semelhança com que acontece com muitos atestados de óbitos no Brasil, seriam apenas mera coincidência? O fato é que nesta antologia o leitor encontra um conto escrito de forma diferenciada. A obra pode ser adquirida através das mídias @eduardomacielartes ou o site www.eduardomacielartes.com.br