No Dia de Finados a orla de Copacabana se transformou em um verdadeiro cenário digno de filmes de terror. Foi realizada a 12ª edição da Zombie Walk, sempre realizada no dia dos mortos. Cerca de 1,5 mil pessoas estiveram caracterizadas para a brincadeira, que envolveu adultos e crianças, todos travestidos e caracterizados de zumbis, vilões de filmes de terror e demais monstros.
E se vocês pensam que a criançada se assusta? Que nada. A operadora de caixa Aline Prado, 29 anos, foi ao evento com irmãos e filho. Ele, de apenas um ano e meio, se divertiu com os monstros.
"É a segunda vez que venho na Zumbi Walk. Dessa vez trouxe meu filho. Ele adorou, nem se assustou com as caracterizações.E adoro, acho diferente e bem familiar", se diverte Aline, que mora na Rocinha.
Já a advogada, dj e cosplayer Raphaela Corado, 26, é veterana e caprichou na fantasia. Se vestiu do personagem Ronald Mc Donalds, da rede de lanchonetes.
"Essa é minha sexta vez que venho. Demorei uma hora e meia para me produzir.Eu achei que esse ano não tinha tanta gente fantasiada, mas as pessoas de fora do evento ficaram bem entretidas.Eu gosto muito de ver a maquiagem das pessoas e a união das pessoas, você vê crianças a idosos, cadeirantes, todo mundo junto sabe?", explicou Raphaela, que te fará esquecer a vontade de comer um Big Mac.
Já o professor de artes visuais Rafael Correia, 28, é figura carimbada. Na pele do Zumbicha, um zumbi gay, ele interage com o público. Ele acha que o evento ajuda muito na luta contra o preconceito.
"A edição de hoje foi a minha décima edição do zombie walk. E nona edição como zumbicha. Eu adoro o evento porque me possibilita fazer um visual gótico, me vestir de forma feminina (mesmo antes de eu me descobrir drag queen) e principalmente pq adoro o universo zumbi. Acompanho The Walking Dead há muitos anos. É uma forma de tirar o preconceito contra LGBTQs sim. Principalmente no meu caso, que quando comecei, eu era a única zumbi LGBTQ que frequentava o evento. Eu posso dizer q fui pioneira e abri muitas portas para as/os que vieram depois de mim.Mas por incrível que pareça, sempre fui bem tratada no evento. Mesmo os homens heteros sempre foram muito receptivos a mim e a minhas brincadeiras. As meninas principalmente me adoram. E as crianças curtem muito a aranha que carrego comigo de uns 4 anos para cá. O nome da aranha é Weslley", brinca.