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Preparando o terreno

Rio de Janeiro terá Centro de Excelência de Fertilizantes

Brasil depende de outros países para importação do insumo com uso na agricultura nacional


Foto: Divulgação

A guerra na Ucrânia e a suspensão, pelo governo da Rússia, da exportação de fertilizantes, expôs a dependência do Brasil da importação do insumo para a agricultura nacional. Visando mudar este quadro, o governo federal acabou de lançar o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). O documento traz uma série de medidas para aumentar a produção até 2050. O Governo do Estado pretende, com isso, implantar um Centro de Excelência de Fertilizantes. Hoje, quarta-feira (23), a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) promoveu debate virtual para discutir o papel do estado na retomada da indústria de fertilizantes e como pode se inserir como protagonista nessa agenda.

O debate foi conduzido pelo presidente da Casa Legislativa, deputado estadual André Ceciliano (PT), que também preside o Fórum de Desenvolvimento Estratégico do Rio. De acordo com Ceciliano, o momento é oportuno para a retomada dessa indústria no Estado do Rio. “Temos todos os elementos para construir em nosso estado um Centro de Excelência em Fertilizantes. Também temos uma plataforma logística diferenciada que permite o escoamento dos produtos via ferrovia ou rodovia para as fronteiras agrícolas brasileiras, bem como a possibilidade de tornar o estado atrativo para investimentos nesse setor”, ressaltou Ceciliano.

“Dentre as metas do PNF está a previsão de que pelo menos quatro unidades da federação tenham planos estaduais de atração de investimentos implementados até 2025 e que todas as unidades da federação que possuam potencial de produção de fertilizantes até 2030”, contou Bruno Caligaris, diretor de Projetos Estratégicos na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, que também participou do debate.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia e Relações Internacionais, Vinícius Farah, citou as ações do governo e o potencial do estado para sediar o Centro de Inovação em Fertilizantes.

As articulações para abrigar o Centro de Inovação, aproveitando a expertise das instituições que aqui se encontram e a vantagens competitivas da logística do estado foram discutidas na reunião por representantes e especialistas da Embrapa, Firjan, FAERJ, Parque Tecnológico da UFRJ, Porto do Açu, FINEP, Faperj, Conselho Regional de Química e Assessoria Fiscal da Alerj.

Vicente Ferreira, diretor executivo do Parque Tecnológico da UFRJ, citou o potencial da universidade para sediar o Centro Nacional de Referência de Fertilizantes. “Temos capacidade para promover pesquisas, material humano e laboratórios, que podem colaborar no processo”, contou.

Shirley Coutinho, especialista na área de inovação, defendeu a importância da mão de obra capacitada. “Temos uma mão de obra qualificada para implantar o Centro de Excelência no Rio de Janeiro. Além disso, o estado possui instituições que podem formar mão de obra", disse.

Rafael Almada, representando o Conselho Regional de Química, citou a capacidade da mão de obra disponível no estado, e em formação, para atuar no Centro Nacional de Referência de Fertilizantes. “Isso vai representar um grande mercado de trabalho para os químicos e engenheiros químicos no estado. O setor tem um peso no PIB”, afirmou. Ele apresentou um slide informando como seria a contribuição de profissionais da área no Centro.

Rodrigo Rocha Secioso de Sá, superintendente da Área de Inovação da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos, vinculada ao Ministério da Agricultura), apresentou linhas e programas de financiamento e fomento das cadeias de fertilizantes e insumos para a nutrição de plantas disponibilizadas pela Finep. “Temos linhas de financiamento de R$ 90 milhões para projetos”, informou.

Eduardo Kantz, diretor de Relações Institucionais da Prumo Logística, do Porto do Açu, em Itaguaí, falou dos investimentos da empresa na área de fertilizantes. “O Porto do Açu tem espaço e mão de obra, podendo ser um grande polo de produção. Precisamos reativar centros hidroviários do país. Muitas estão desativadas", lembrou.

Participaram ainda representantes da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Faerj (Federação de Agricultura do Estado do Rio de Janeiro), Faperj (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado), entre outros. O encontro foi exibido ao vivo no canal do Fórum da Alerj de Desenvolvimento no YouTube. Você pode assistir o debate neste link.



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