Quando percebemos algum problema na nossa pele, logo nos lembramos de procurar um dermatologista para ver o que está acontecendo. Você pode até não saber, mas cães e gatos também podem ter este tipo de doença, mas que não são percebidas com facilidade devido ao pelo que pode mascarar.
Por isso é importante prestar atenção nos sintomas mais comuns, como coceira e vermelhidão, que podem significar desde problemas mais comuns, como pulgas e carrapatos, até doenças de pele mais graves. Para sanar qualquer tipo de dúvida, ao notar que o seu pet está lambendo muito uma determinada parte do corpo ou coçando com frequência, uma opinião profissional pode ajudar a desvendar o que de fato está acontecendo.
Daniel Cooper, médico-veterinário do My Pet, considera que o olhar profissional é fundamental nestes casos. “Nós iremos avaliar as regiões de maior envolvimento e os aspectos das lesões, em que cada informação obtida no momento da avaliação já pode sugerir um diagnóstico clínico e tratamento”, pontua, ressaltando que em alguns casos são necessários exames para se obter este diagnóstico ou, até mesmo, recomendações relacionadas à nutrição ou exposição sobre agentes ambientes que podem ter relação com o quadro do paciente. “Trata-se de uma situação que exige uma boa conversa e análise que envolve o profissional, tutor, pet, hábitos alimentares, comportamentais e ambiente”, resume Daniel.
Às dermatites nos pets, somam-se aos sintomas ditos anteriormente: secreção nos olhos, crostas e feridas e infecções no ouvido. Uma doença que pode ser causada por diversos fatores, mas geralmente são associados a alergias – alimentares ou até mesmo de picadas de insetos.
Outra doença comum é a sarna sarcóptica, causada por um ácaro. Altamente contagiosa, ela pode passar inclusive para humanos. O diagnóstico somente é feito por um veterinário, após exames de raspagem e análise laboratorial. Mas fique atento: existem dois tipos de sarna. A outra – chamada demodécica – não é transmissível para seres humanos.
Já ouviu falar em piodermite?
Esta é uma doença causada por bactérias, mas que geralmente está relacionada a alguma doença pré-existente. Ela faz com que o pet apresente feridas vermelhas e com pus. Normalmente, o tratamento é feito com administração de antibióticos tópicos, mas, em alguns casos, é necessário um tratamento sistêmico. Já a prevenção se faz mantendo não apenas o bichinho, mas também o ambiente que ele vive limpo.
Daniel explica que é fundamental que a pele e o ambiente estejam sempre limpos. Por isso, banhos semanais e cuidados com o ambiente são importantes, mas faz um alerta: “em alguns casos, os banhos excessivos também podem gerar um efeito contrário e tirar a imunidade da pele e predispor o favorecimento de microrganismos oportunistas”.
E os gatos?
Você sabia que gatos também podem ter acnes? A chamada acne felina afeta o queixo dos bichanos e é bastante comum. Muitas vezes, no entanto, os tutores não percebem nada diferente nos animais, por conta da pelagem. Se a lesão evoluir, pode gerar cistos, inchaço e sensibilidade.
Como cães e gatos não falam, é importante estar atento aos seus comportamentos. Geralmente animais ficam mais retraídos ou agressivos quando estão com dor, além de demonstrarem sinais no corpo – como queda de pelos e vermelhidão. Ao notar quaisquer sintomas, entre em contato com o seu veterinário!