Portal de Notícias Administrável desenvolvido por Hotfix

Ofício à Interpol

Justiça decreta prisão preventiva de 'Rei Arthur' por corrupção e lavagem de dinheiro

Detido administrativamente nos Estados Unidos, Arthur Soares tem audiência marcada sexta, 13/5


'Rei Arthur', processado por propina e lavagem de dinheiro no Rio, leva vida de ostentação nos Estados Unidos. Foto: Reprodução Internet

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), denunciou à Justiça Arthur César de Menezes Soares Filho, conhecido como 'Rei Arthur', o delegado Ângelo Ribeiro de Almeida Junior e outros, por corrupção e lavagem de dinheiro. Com base na denúncia, o MPRJ obteve do Juízo da 1ª Vara Especializada da Capital o deferimento de mandado de prisão preventiva contra o primeiro acusado.

A Justiça determinou a expedição de ofício à Interpol solicitando a extradição do Arthur Soares, que encontra-se preso administrativamente nos Estados Unidos e com audiência marcada para esta sexta-feira, (13/05). O Juízo também determinou o afastamento do Delegado da Polícia Civil da corporação e da Assembleia Legislativa do Rio, onde exercia cargo de assessoramento, entre outras medidas cautelares.

De acordo com a denúncia oferecida, Arthur Soares é acusado do pagamento de propina ao delegado em troca de proteção em inquéritos tributários da Delegacia Fazendária, na época comandada por Ângelo Ribeiro. Também constam como denunciados a mulher do policial, Renata Andriola de Almeida, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Eliane Pereira Cavalcante e Claudio de Albuquerque Haidamus, por corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

De acordo com a acusação, para ser beneficiado em inquéritos policiais que tramitavam na DELFAZ, relacionados a empresas das quais era sócio ou tinha interesses, Arthur Soares transferiu, em agosto de 2014, R$ 2 milhões para que o delegado e sua mulher adquirissem a franquia do restaurante L’Entrecôte de Paris, em Ipanema, através de um simulado contrato de mútuo - diversas versões do simulado contrato foram localizadas no decorrer da investigação - que foi utilizado como forma de encobrir a propina negociada, a fim de atender aos interesses do empresário para que os inquéritos tributários não o prejudicassem.

O delegado esteve lotado na delegacia entre 2008 e 2015, quando apurados diversos indícios de enriquecimento ilícito, com uma abrupta mudança de seu padrão de vida. No período, inquéritos relacionados a Arthur Soares tramitavam durante anos, sem terem sido concluídos. Posteriormente, Ângelo foi cedido à ALERJ, por meio do então deputado Jorge Picciani, para atuar na presidência e depois esteve nomeado para exercer consultoria orçamentária e financeira da Casa Legislativa, onde se encontra atualmente lotado.

investigação, que teve início em 2018 a partir de Procedimento Investigatório Criminal (PIC) próprio do MPRJ, teve declínio de atribuição ao Ministério Público Federal após sua instauração e primeiras diligências. A partir de decisão do ministro Gilmar Mendes (Reclamação nº 45453), o PIC retornou recentemente ao MPRJ com o compartilhamento de provas obtidas no âmbito, dentre outras, da Operação Titereiro do Ministério Público Federal.



Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro

GAECO MPRJ DENÚNCIA CORRUPÇÃO CRIMINAL REI ARTHUR DELEGADO ANGELO RIBEIRO DE ALMEIDA JUNIOR ARTHUR SOARES JORGE PICCIANI GILMAR MENDES OPERAÇÃO TITEREIRO

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!

Assine o Portal!

Receba as principais notícias em primeira mão assim que elas forem postadas!

Assinar Grátis!