Um dia depois da Fundação Getúlio Vargas divulgar o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que aumentou para 93,2 pontos em Novembro, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) anunciou,nesta terça-feira (27), estudo sobre o índice de confiança do empresário do comércio na economia brasileira. O levantamento aponta uma melhora nos últimos três meses e uma projeção de crescimento do setor para 2019, de 5,2%, o maior percentual dos últimos sete anos.
Essa melhora no anônimo dos empresários do comércio está estritamente relacionada às boas expectativas de vendas e geração de postos de trabalho para os próximos seis meses. Segundo o economista-chefe da CNC, Fábio Bentes, a partir das festas deste fim de ano o setor começará a colher os frutos dessa melhora na economia brasileira.
"Mais de 80% dos empresários acham que a economia irá melhorar a partir de dezembro e essa melhora irá se refletir pelos menos até o meado do próximo ano. A nossa expectativa é a de que a inflação não dispare em 2019", analisou Bentes.
A pesquisa também apontou quais as regiões do país estão mais e menos otimistas em relação às suas atividades, em 2019. Esse índice é medido por intermédio de uma escala de zero a 200, onde o zero reflete a pior percepção e o 200 a melhor.
A Região Centro-Oeste, composta pelos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal, onde está situada a capital do país, Brasília, e a Região Norte que é formada pelos estados do Amazonas, Roraima, Amapá, Pará, Tocantins, Rondônia e Acre são as regiões que possuem as melhores percepções sobre economia, com 116 e 121 pontos assinalados, respectivamente.
Os empresários das regiões Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), com 109,2 pontos, e do Sudeste (Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro), com 105,6 pontos, foram os que mostram o maior pessimismo em relação à melhoria da economia.
"Esses índices se explicam porque o comércio na Região Norte, por exemplo, é muito forte e cresceu muito nos últimos anos. Enquanto que, nas regiões Sul e Sudeste, apesar de o setor de serviços ter um peso considerado, os empresários sentiram muito os efeitos negativos da economia nos meses passados. Mas a tendência é que essas regiões também voltem a ficar otimistas com o setor econômico brasileiro, a partir de janeiro de 2019", resumiu Bentes.
Na pesquisa da CNC, foram ouvidos 6 mil empresários do comércio em todo país, no meses de setembro, outubro e novembro.