A Commebol definiu que a segunda partida da final da Copa Libertadores da América será decidida na Europa, mas precisamente em Madri na Espanha no estádio Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid no próximo dia 9 de dezembro. A informação surgiu no começo da tarde desta quinta-feira (29) através do diário argentino "La Nacíon" e mais tarde confirmada pela entidade que controla o futebol sul-americano.
De acordo com a publicação, as outras opções consideradas para o segundo confronto decisivo entre River Plate e Boca Juniors teriam sido Doha no Catar, país sede da próxima Copa do Mundo, Miami nos Estados Unidos e até Paris, a capital francesa inclusive surgiu em um último momento, depois de um leilão de propostas que teria durado três dias. Vencedora da disputa, a federação espanhola vetou a realização de uma partida entre Barcelona e Girona pelo campeonato nacional que seria realizada em Miami.
A partida, inicialmente era para ter somente torcedores do River Plate, já que na primeira disputada em La Bombonera só tiveram torcedores do Boca, mas a Commebol também instituiu que a torcida será mista. Segundo a entidade, o fato da capital espanhola ter muitos argentinos teria pesado na decisão também.
Conquistadores da América
Inicialmente marcada para o último dia 24 no Monumental de Núñes, a segunda partida decisiva foi adiada duas vezes após torcedores do River atacarem o ônibus da deleção do Boca com pedradas e gás de pimenta machucando jogadores e membros da comissão técnica xeneize.
Em reunião na última terça-feira, já havia sido decidido que a partida seria fora da Argentina, mas não se imaginava que ela fosse ser levada para outro continente. Um dos motivos para tal decisão teria sido o fato do presidente da Fifa, Gianni Infantino, ter presenciado os atos de violência in loco e ter ficado assustado com o que viu, influenciando assim na decisão de Alejandro Dominguez em levar a partida para o velho continente.
A notícia gerou críticas nas redes sociais, no Facebook um usuário até brincou renomeando a competição para "Conquistadores da América", lembrando os tempos de colonização do continente, em contraponto ao nome original que é uma referência a Simón Bolívar, colombiano e um dos maiores símbolos da descolonização.