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Shaman traz ao Rio sua turnê de reunião

Banda se apresenta neste domingo no HUB-RIO

Por André Luiz Coutinho em 30/11/2018 às 21:02:28

Da esquerda para direita, Ricardo Confessori, André Matos e os irmãos Luis e Hugo Mariutti. Foto: Edu Lawless/Divulgação

Após surpreender a todos ao anunciar em maio deste ano um show especial de reunião em São Paulo, o Shaman ouviu o apelo do público carioca e trouxe a turnê para a capital fluminense em apresentação marcada para este domingo (02) a partir das 18h no HUB RJ na região portuária da cidade, próximo à rodoviária Novo Rio. A abertura fica por conta da banda REC/ALL, projeto do vocalista Rod Rossi, conhecido pelos fãs de anime por interpretar versões nacionais das canções de aberturas mais recentes de Cavaleiros do Zodíaco e Dragon Ball.

Formada em 2000 pelo vocalista André Matos, o baterista Ricardo Confessori e o baixista Luis Mariutti, que recrutou seu irmão e guitarrista Hugo Mariutti, após a saída dos três primeiros do Angra, o Shaman fez um grande sucesso dentro e fora do país. A banda lançou dois álbuns conceituados "Ritual" (2002) e "Reason" (2005) e no intervalo entre eles o "RiatuAlive", registro ao vivo da turnê do primeiro disco que passou por mais de 15 países em mais de 150 apresentações somando Ásia, América Latina e Europa.

Por problemas pessoais, a formação original da banda se dissolveu em maio de 2006, ficando apenas o baterista Ricardo Confessori que com novos integrantes lançou mais dois álbuns de estúdio "Immortal" (2007) e "Origins" (2010), antes de encerrar as atividades em 2013.

Para falar um pouco desse momento de reunião da formação original, o portal Eu, Rio! entrevistou o guitarrista Hugo Mariuti.

Como está sendo voltar a tocarem juntos depois de tanto tempo? Ainda existe aquele entrosamento de antes?

Hugo Mariutti: Na verdade já no primeiro ensaio, aos poucos as músicas foram voltando de forma natural, passamos o cd "Ritual" inteiro na sequencia, como se estivéssemos tocando regularmente. Difícil perder o entrosamento, já que fizemos muitos shows daquela tour.  Assim as coisas ficaram um pouco mais fáceis. O "Reason" tivemos que ensaiar mais, pois foi um cd que executamos menos, e que também é mais difícil fazer soar bem ao vivo.

O que levou vocês a se separarem em 2006 foi conversado ou vocês decidiram simplesmente botar uma pedra em cima daquilo e seguir em frente?

 HM: Acho que o apelo dos fãs nos fez refletir e ver que poderíamos entregar algo legal para eles. Conversamos em paralelo, alguns se encontrando em algum lugar, etc, não houve algo planejado para sentar e conversar todo mundo, as coisas aconteceram naturalmente e acho que está sendo bem positivo.

E a recepção do público como tem sido? Como vocês acreditam que o público carioca deverá reagir?

HM: A receptividade tem sido excelente, e isso nos motiva mais ainda no palco. Não esperamos nada diferente do Rio, pois sempre fomos muito bem recebidos, inclusive um dos melhores shows da banda, na minha opinião, foi um dia após de gravarmos o "Ritualive" em SP, pois estávamos saindo de um show que exigia uma concentração maior que o habitual, e pudemos fazer um show bem mais tranquilos no dia seguinte.

Como está o setlist? Vocês estão tocando apenas coisas do Ritual/Reason ou tem alguma coisa da época de Angra também?

 HM: Estamos tocando os dois álbuns na integra, o que é muito legal.

Com diversos shows rolando, podemos esperar algum registro ao vivo para fazer companhia ao "Ritualive"?

HM: Não pensamos sobre isso ainda, pois para fazer algo, tem que ser no mínimo no nível do "Ritualive", que foi extremamente planejado, etc. Não queremos fazer nada "caça níquel", pois o Shaman sempre prezou por entregar algo com a maior qualidade possível. Estamos focados nestes shows, pois queremos que o público saia totalmente satisfeito e feliz.

Há alguma possibilidade da reunião se manter e vocês voltarem a gravar algo juntos?

HM: Estamos focados nos shows e ainda não conversamos sobre futuro,queremos que as pessoas curtam ao máximo estes shows, pois é o mínimo que podemos fazer após tanto carinho.

 Em tempos políticos tão conturbados em que acontece uma polarização, vocês acreditam que música possa unir a galera novamente?

HM: Eu realmente espero que as pessoas pensem o quão ruim é o momento que estamos passando, que realmente exista um respeito mutuo, que possamos ter opiniões, mesmo que divergentes, que tenha dialogo. O radicalismo em qualquer segmento é um câncer e realmente não leva a lugar nenhum. Tudo que puder ajudar para que as pessoas tenham consciência do que está acontecendo é extremamente benéfico e se for através da música, que seja. 

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