Luisa Mell cobra apoio do Carrefour e outras empresas na proteção dos animais

Depois que a morte de um cachorro, por um segurança da rede de supermercados Carrefour, gerou revolta e uma grande comoção nas redes sociais, a apresentadora e ativista Luisa Mell passou a acompanhar de perto as investigações de na delegacia. O fato aconteceu na última quinta-feira (28), em Osasco, na grande São Paulo. De acordo com Luisa, ela ficou sabendo do ocorrido por meio das notícias virtuais. Logo, entrou em contato com o delegado responsável e constatou que, infelizmente, não eram fake news.

Luisa também disse que o vice-presidente do Carrefour lhe telefonou e afirmou que o funcionário havia sido afastado até a averiguação dos acontecimentos.

“Ele me explicou que, antes de qualquer decisão de demiti-lo, iam aguardar uma apuração, pois ainda não tinha nenhuma prova. Nesta terça-feira (4), fui à delegacia e chamei o grande jurista Fernando Capez para me auxiliar. Lá, conversamos com a delegada e assistimos aos vídeos horrorizantes. Nas imagens ficaram evidentes que há provas sim! Inclusive, o pedaço de madeira que o segurança teria utilizado está com a polícia”, comentou.

A ativista ainda relatou que o animal ficou sangrando na porta da loja e ninguém tomou nenhuma atitude.  Segundo ela, o atendimento do Centro de Controle de Zoonoses também foi desastroso.

“Eu quase passei mal quando assisti o resgate. Não havia preparo da equipe para realizar o socorro. Por isso, já conversei com o prefeito, ofereci treinamento e vou com a minha equipe até eles. Sobre o cão, ele foi cremado, mas temos bastantes provas e as testemunhas Na reunião que tive com uma equipe do Carrefour ficou constatada a responsabilidade da empresa. Nós fomos bem firmes nessa questão. Afinal, eu trabalho com coisas terríveis. Contudo, na maioria das vezes consigo um final feliz. Dessa vez, não foi assim, eu não consegui salvá-la”, lamentou.

Luisa Mell afirmou que, devido a atitude lamentável do empregado, ela cobrou algumas medidas da rede. Entre elas, o treinamento dos seus profissionais para aprenderem a lidar com situações deste tipo, bem como ajudassem as ONG´s de proteção aos animais.

“As organizações não-governamentais são muito marginalizadas. As pessoas só lembram quando há algum animal para ser resgatado. Esse é um problema de toda a sociedade. As pessoas sofrem com isso, aqueles que gostam dos bichos e também aquelas que ficam penalizadas. Eu espero que todo esse horror sirva de alguma coisa e que possamos contar com o apoio das empresas para salvar mais animais. Pelo menos, eles estão abertos a nos ouvirem e pretendem construir uma nova política em defesa dos animais”, adiantou.

Nota de esclarecimento 

No FacebooK, o Carrefour emitiu uma nota de esclarecimento sobre o crime. Veja a seguir:

“O Carrefour reconhece que um grave problema ocorreu em nossa loja de Osasco. A empresa não vai se eximir de sua responsabilidade. Estamos tristes com a morte desse animal. Somos os maiores interessados para que todos os fatos sejam esclarecidos. Por isso, aguardamos que as autoridades concluam rapidamente as investigações. Desde o início da apuração, o funcionário de empresa terceirizada foi afastado.

Qualquer que seja a conclusão do inquérito, estamos inteiramente comprometidos em dar uma resposta a todos.

Queremos informar que estamos recebendo sugestões de várias entidades e ONGS.ligadas à causa que vão nos auxiliar na construção de uma nova política para a proteção e defesa dos animais.”