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Chuvas de dezembro devem manter a média dos últimos anos

Expectativa é de que a chuva diminua acentuadamente a partir do próximo domingo (09)

Por Jonas Feliciano em 08/12/2018 às 09:30:00

Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

De acordo com o Climatempo, a quantidade de chuva em novembro de 2018, na cidade do Rio de Janeiro, já ultrapassou os índices para o mês em todas as regiões da cidade. Os dados são de uma análise realizada pelo AlertaRio e aponta que, em diversos bairros cariocas, a chuva acumulada durante 26 dias ficou acima de 100mm em relação ao mesmo período de 2017.

Este ano, dezembro começou com uma virada de tempo. Já no sábado (01), a situação era de alerta e com diversas áreas de instabilidade por todo o estado fluminense. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), nos últimos dez anos, a média de precipitações manteve-se regular. Com exceção do ano de 2010, quando as medições chegaram a 291,6mm. Esse número foi o maior da década até o momento. Em 2012 e 2014, os valores ficaram abaixo do esperado registrando 37mm e 44,9mm, respectivamente. Essas foram às marcas mais secas já registradas.

Nos últimos 10 anos, há uma certa regularidade nas medições realizadas pelo INMET. Confira: 287.5mm (2009), 291.6mm (2010), 116.1mm (2011), 37mm (2012), 185.6mm (2013), 44.9mm (2014), 106.8mm (2015), 103.8 (2016), 140mm (2017).

Para o meteorologista do Centro de Pesquisa da Eletrobrás, Wanderson Luiz, é difícil fazer uma previsão de longo prazo, mas a expectativa é de que a chuva diminua acentuadamente a partir do próximo domingo (09). 

"Depois elas devem voltar a ocorrer com acumulados mais expressivos somente a partir de meados e final de dezembro. Espera-se que os volumes fiquem aproximadamente dentro da média histórica para este mês de dezembro", afirmou.

Entretanto, a possibilidade de chuvas fortes e, consequentemente, de maiores tragédias serve como um alerta para a administração pública. Há anos, tanto o estado quanto o município do Rio de Janeiro já se preparam para qualquer eventualidade. 

Atualmente, há 83 pluviômetros da Defesa Civil em pontos estratégicos da cidade, 165 sirenes e 193 pontos de apoio em 103 comunidades do município com alto risco de deslizamentos. Por meio do monitoramento dos índices críticos de chuva, efetuado pelos meteorologistas lotados no Centro de Operações Rio (COR), o processo de acionamento das estações sonoras é ativado.  Os profissionais da Defesa Civil do Rio atuam, de forma integrada, 24 horas por dia no COR. 

Além disso, qualquer pessoa pode receber mensagens da Defesa Civil por meio de adesão voluntária para ser alertado, em tempo real, sobre a ocorrência de chuvas fortes no local onde mora. O cadastro é simples, rápido e gratuito. Nele, o cidadão deve enviar o CEP da residência para o número 40199.

Plano de Contingência Emergência

Para atuar na prevenção e na ação em grandes desastres, o estado e o município possuem um planejamento que estuda os riscos e estabelece as medidas em casos urgentes. O objetivo é promover a mobilização preventiva e emergencial com o intuito de reduzir o impacto ambiental, assistir às vítimas, além de minimizar danos e prejuízos em eventuais sinistros.

A Secretaria de Defesa Civil é subdividida em 8 regiões do estado fluminense e está presente na capital, na região serrana, baixada, região metropolitana, litoral, na Costa Verde, no Sul, Norte e Noroeste. O Centro de Monitoramentos e Alertas Naturais (CEMADEN/RJ) é o órgão responsável pela monitoração meteorológica, geológica e hidrológica de todo o Rio de Janeiro.

O trabalho da secretaria é feito em conjunto com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) e o Instituto Estadual do Ambiente (INEA). Existe um plano estratégico que segue uma sistemática para atender os alertas.
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