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Comediante nata

Claudia Jimenez morre no Rio aos 63 anos

Atriz que viveu Edileusa, de Sai de Baixo, e Dona Cacilda, da Escolinha do Professor Raimundo, sai de cena


Claudia Jimenez. Foto: Divulgação TV Globo

A atriz Claudia Jimenez morreu na manhã de hoje (20), aos 63 anos de idade, no Hospital Samaritano, na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da unidade de saúde, informando que a causa da morte foi insuficiência cardíaca.

Cláudia Maria Patitucci Jimenez nasceu em 18 de novembro de 1958, na cidade do Rio. A atriz ficou famosa por seus papéis cômicos na TV Globo, onde começou a trabalhar em 1979. Sua estreia na emissora ocorreu na série Malu Mulher., estrelada por Regina Duarte.

Com muito humor e talento, a atriz se destacou na televisão em diversos papéis ao longo da carreira, entre eles, com a icônica Dona Cacilda, que integrava a equipe da Escolinha do Professor Raimundo, em 1990.

Artista de todos os públicos e todas as idades, Jimenez tinha a exata noção do tamanho do seu carisma. Em 1992, ao participar do programa Sem Censura, a atriz contou para a apresentadora Lúcia Leme o carinho que recebia por onde passasse.

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre a trajetória de Claudia Jimenez, com destaque para o depoimento à TV Brasil.

A humorista também deu vida à empregada Edileuza, em Saí de baixo, produção em que contracenou com o ator e diretor Miguel Falabela. Nas redes sociais, o intérprete de Caco Antibes na série de televisão que ia ao ar nas noites de domingo, publicou um texto, rendendo homenagens à amiga, cuja carreira foi marcada pela comédia.

Na mensagem, Falabella diz que tenta se agarrar às inúmeras gargalhadas e ao prazer que foi atuar ao lado da atriz, que tinha um "único e irreproduzível tempo” de fazer o público rir. E completa, "Hoje todas as homenagens são suas e os refletores de todos os teatros do Brasil reluzem para você."

Na década de 1980, ela esteve em "O Trapalhões"; trabalhou por quatro anos no programa "Viva o Gordo", com Jô Soares; participou do "Chico Anysio Show" e da série "Armação ilimitada". Também se destacou no filme O Corpo, interpretando Bia, personagem que lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Brasília.

Em 2004, foi protagonista da Sitcom.br, quadro do Fantástico. Quatro anos mais tarde, recebeu duas indicações ao Prêmio Contigo de TV pelo papel na telenovela Sete Pecados. Também participou de outras produções da TV, entre elas, a primeira versão de "Ti-ti-ti", "Torre de Babel", "As filhas da mãe", "América", "Negócios da China" e "Aquele Beijo". Seu último papel na TV Globo foi em "Haja Coração", em 2016.

Ao longo da carreira, trabalhou no cinema, em filmes como a Ópera do Malandro, A Dança dos Bonecos e Os Trapalhões no Auto da Compadecida. No teatro, entre outras peças, teve destaque no monólogo Como Encher um Biquíni Selvagem, em 1996.

Jimenez travou uma longa batalha com problemas de saúde. Seu primeiro desafio surgiu em 1986, quando ela foi diagnosticada com câncer na região torácica e precisou fazer radioterapia, tratamento que deixou como sequela problemas no coração. A atriz enfrentou ao menos trÊs cirurgias cardíacas. Em uma delas, no ano de 2012, precisou colocar cinco pontes de safena, e dois anos mais tarde, passou a usar um marcapasso.



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