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Sede da Rádio Nacional por mais de 70 anos, edifício A Noite será de quem fizer a primeira oferta

Fracasso em dois leilões leva primeiro arranha-céu do Brasil a venda direta, com 25% de desconto

Por Portal Eu, Rio! em 04/09/2022 às 17:53:46

Primeiro arranha-céu da América Latina, edifício A Noite foi parcialmente tombado e levado a leilão duas vezes, sem ofertas. Foto: Agência Brasil

O histórico edifício A Noite, na Zona Portuária do Rio de Janeiro, será colocado para venda direta, com 25% de desconto, depois de uma nova concorrência pública terminar sem interessados. Agora, o prédio que foi a sede da Rádio Nacional por quase oito décadas, poderá ser comprado por R$ 28,9 milhões. O edital com todas as informações para compra será publicado na próxima sexta-feira no Portal VendasGov e os pedidos de compra poderão ser feitos por pessoas físicas ou jurídica, a partir do dia 22.

Ao contrário das etapas anteriores, em que havia uma concorrência com vitória dada à maior oferta, agora o primeiro interessado com uma proposta válida será vencedor. De acordo com uma regulamentação feita pelo Governo Federal em junho, qualquer móvel da União poderá ser ofertado em venda direta após dois leilões sem sucesso, que foi o que ocorreu com o edifício A Noite.

Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre a venda direta do edifício A Noite, com 25% de desconto sobre o valor de face, para pessoas físicas ou jurídicas, pela primeira oferta válida.

Na primeira concorrência, em 22 de agosto, duas propostas foram feitas, mas os licitantes foram inabilitados por não comprovar o recolhimento da caução. Na segunda rodada, nesta sexta-feira, dia 2, nenhuma proposta foi feita. Inaugurado em 1929, com 22 andares e mais de 100 metros de altura, o prédio histórico foi o primeiro arranha-céu da América Latina.

Por mais de 70 anos, prédio A Noite abrigou o auditório da Rádio Nacional, cenário da Era Dourada da radiofonia brasileira

O título A Noite é uma referência ao jornal homônimo sediado no local em seus primeiros anos. A partir de 1936, o imóvel passou a abrigar a recém criada Rádio Nacional do Rio de Janeiro, com seu icônico auditório, que revelou inúmeros talentos da cultura brasileira. Mas a necessidade de reformas obrigou a saída da Rádio em 2012.

Em 2013, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) tombou a fachada e alguns elementos arquitetônicos do prédio, como a escadaria em caracol. O comprador terá a obrigação de revitalizar toda a parte tombada mantendo as características originais.

Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Agência Brasil e Radioagência Nacional

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