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Cabo PM em Caxias foi o último

Rio atinge a marca de 100 agentes de segurança baleados em 2022

No total, foram 44 agentes mortos e 56 feridos este ano


Cabo PM Alan dos Santos, morto a tiros em Caxias, foi o último caso. Foto: Divulgação Polícia Civil
Para Cecília Olliveira, diretora executiva do Instituto Fogo Cruzado, falta segurança para os agentes quando estão fora do horário de trabalho. “O Estado não produz estatísticas sobre o número de agentes vítimas da violência quando estão fora do horário de trabalho e esses dados são fundamentais para que existam políticas públicas para zelar pela segurança desses agentes quando estão fora das corporações. Em vez disso, o que vemos são famílias sofrendo pela perda desses agentes”, avalia.

Se durante o serviço os agentes de segurança precisam lidar com a violência quase diariamente, fora do horário de trabalho pode ser ainda pior. A maior parte das vítimas foi atingida quando não estava em serviço, eram agentes de segurança que estavam de folga (42 vítimas) ou que já haviam sido aposentados ou exonerados do cargo (17 vítimas).

Para Cecília Olliveira, as corporações não dão o devido apoio, treinamento e planejamento. “Quando a instituição prioriza o embate ao invés de adotar uma tática adequada, que mude o foco do confronto, priorizando inteligência e planejamento, os agentes de segurança pagam o preço”, afirma.

Policiais militares

Com 25 mortos e 49 feridos, os policiais militares foram as maiores vítimas entre os 100 agentes baleados. Em média, é como se a cada 10 agentes de segurança baleados este ano, sete pertencessem à categoria. O número elevado de vítimas entre os policiais militares repercute dentro e fora do ambiente de trabalho, a profissão é a que mais mata e também, a que mais morre entre os agentes. Existe ainda a falta de amparo para zelar pela saúde mental dos profissionais da categoria. A última edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostrou que o suicídio entre os policiais militares no Brasil aumentou 54% entre 2020 e 2021.

“Conviver frequentemente com situações de perigo extremo trazem consequências danosas para a vida e a saúde mental dos policiais. Falta treinamento adequado e apoio psicológico para lidar com os traumas das operações”, avaliou Cecília Olliveira.

Além dos 74 policiais militares baleados em 2022, policiais civis (11), oficiais da Marinha (6), Bombeiros (2), oficiais da Aeronáutica (2), oficiais do Exército (1), Guarda Municipal (1), Policial Penal (1), Polícial Rodoviário Federal (1) e outros (1) também foram baleados.



Instituto Fogo Cruzado

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