A Comissão de Educação, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), enviou ofício à Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) solicitando que tome as medidas necessárias para o fornecimento dos alimentos em condições de consumo, e também no que se refere à fiscalização da empresa responsável pelo fornecimento. A Comissão recebeu fotos feitas por estudantes de duas unidades da Faetec - de Niterói e de Bacaxá, no município de Saquarema - que mostram bolos mofados e leite fermentado com larvas.
“É inaceitável que nas escolas públicas do estado do Rio de Janeiro estejam servindo alimentação estragada. E o que nos chama atenção é de que foi um processo em larga escala que poderia ter significado intoxicação alimentar de dezenas de alunos. A direção da Faetec informou que os produtos estavam dentro da validade, então por que estavam estragados? Esse fornecimento tem que ser fiscalizado. Ou está havendo más condições no armazenamento ou está se comprando produtos de baixa qualidade”, comentou o presidente da Comissão de Educação, o deputado Flávio Serafini (PSOL).
O parlamentar disse, ainda, que está pedindo esclarecimentos adicionais à direção da Faetec: “Não vamos permitir que comidas estragadas sejam servidas para nossos estudantes. Eles merecem alimentação adequada para conseguirem dar continuidade ao seu processo de estudo”.
A Comissão de Educação também informou o caso ao Conselho Regional de Nutrição-CRN. Ela solicitou também um parecer sobre as condições dos alimentos servidos nas unidades da Faetec e um levantamento do déficit de nutricionistas na rede da Fundação.
Ouça no podcast do Eu, Rio! o depoimento do presidente da Comissão de Educação da Alerj, Flávio Serafini, sobre o risco de intoxicação alimentar nas escolas públicas do Estado do Rio.