As autoridades indonésias decidiram elevar o alerta para a erupção no vulcão Anak Krakatau, que no sábado causou um tsunami que deixou pelo menos 430 mortos, 1495 feridos, 159 desaparecidos e 22.000 desabrigados.
A Agência Nacional de Gerenciamento de Desastres (BNPB) indicou que o alerta foi para o nível 3 em uma escala de 4.
"É proibido realizar qualquer atividade na área de 5 quilômetros da cratera do topo do Monte Anak Krakatau", disse a Agência em comunicado oficial. "Há um risco aumentado de erupção, com pedras em combustão, derramamento de lava e cinza grossa."
O vulcão, que entrou a atual fase de erupção em julho, continua a expelir, "sem pausa", erupções de tipo Strombolian com derramando lava e emissão de rochas incandescentes e colunas de fumaça cobrindo de cinzas várias áreas da costa do Estreito de Sunda.
De acordo com o Governo Indonésio, no dia 22 de dezembro uma pequena erupção causou um colapso da encosta sudoeste do monte que, ao cair no mar, causou o tsunami que atingiu a costa oeste da ilha de Java e do sul da ilha de Sumatra.
Atualmente as equipes de resgate estão trabalhando contra o relógio para encontrar sobreviventes. Os médicos alertaram sobre a falta de medicamentos e água potável, o que alimenta o medo de uma crise de saúde .
Este é o terceiro desastre no arquipélago nos últimos 6 meses , após uma série de terremotos na ilha de Lombok, em julho e agosto, e um tsunami em Palu, na ilha de Celebes, o que causou 2.200 mortos e milhares de desaparecidos setembro.
O país fica no "Anel de Fogo do Pacífico", uma área de grande atividade sísmica e vulcânica que é abalada todos os anos por cerca de 7.000 tremores , a maioria deles moderada.
Em 26 de dezembro de 2004, um tsunami causado por um terremoto submarino de magnitude 9,3 na costa de Sumatra causou a morte de 220 mil pessoas de vários países do Oceano Índico; 168.000 deles na Indonésia.