Sobe para 86 o número de pessoas presas por conta da onda de violência no Ceará, segundo informa a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Estado. Dessas, 36 foram capturadas em flagrante na manhã deste sábado (5). O governador Camilo Santana disse que vai endurecer cada vez mais contra o crime.
A reação do governo começou. A polícia local realiza operações nos poucos ônibus em circulação, os principais alvos dos bandidos. Trinta e três linhas de Fortaleza contam com três policiais em cada ônibus. Na região metropolitana, os veículos são acompanhados por policiais em motocicletas. O esquema de segurança também envolve policiais à paisana.
Uma mensagem postada nas redes sociais e atribuída à Secretaria de Segurança solicitando aos moradores que não saíssem de casa neste sábado foi desmentida pelo órgão. Mesmo assim, moradores evitaram ir às ruas, como Jaqueline Santos, que postou no facebook que era melhor ficar em casa.
?"nibus escasso no sábado
O Sindicato das Empresas de ?"nibus de Fortaleza (Sindionibus) emitiu nota à população alertando sobre a paralisação da circulação dos ônibus entre 13h30 e 15h30. O motivo foi a troca do efetivo policial que acompanha as linhas.
O mesmo sindicato informou que, no sábado, 108 ônibus circularam em 77 linhas. Boa parte das linhas funcionaram com apenas um veículo em circulação. Passageiros criticaram a situação nas redes sociais.
Após a adoção do sistema de segurança e da chegada de 300 homens e 30 viaturas federais ao Ceará, a Secretaria de Segurança não registrou novos ataques aos ônibus, até o início da tarde deste sábado.
Segundo a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops), no dia anterior, os criminosos incendiaram coletivos, dois caminhões de uma companhia elétrica e um veículo da companhia de água e esgoto.
Outras ações criminosas atingiram patrimônios públicos do Estado e da Prefeitura de Fortaleza. Policiais conseguiram apreender um veículo de criminosos que tentaram por fogo em um posto de combustíveis.
O governador Camilo Santana anunciou rigor na repressão dos crimes no interior dos presídios. Em represália, criminosos chegaram a promover 84 ataques no Ceará, nas três primeiras noites do ano.