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Como identificar um relacionamento tóxico

Especialistas explicam como identificar e o que fazer em uma relação abusiva

Por Portal Eu, Rio! em 26/01/2023 às 08:00:00

Foto: Reprodução TV Globo

Pessoas envolvidas em relacionamentos problemáticos não se dão conta da gravidade disso. Esta semana, repercutiu nas redes sociais o caso dos participantes do Big Brother Brasil 23, Bruna Griphao e Gabriel Tavares, que reacendeu a polêmica desse tipo de relação, devido a atitudes agressivas dele e o posicionamento do programa alertando sobre a situação.

Para o especialista em Comportamento Humano, Ronan Mairesse, é preciso ficar atento aos sinais de um relacionamento abusivo. “No início tudo parece mil maravilhas, mas com o tempo começam a surgir algumas questões como ciúme em excesso, críticas e acusações. Você se sente como se não fosse bom em nada e deixa de cuidar de si mesma. Você se afasta dos seus amigos e suas vontades são substituídas pela do outro. Sente-se como se estivesse sendo controlado vinte quatro horas por dia, vivendo assim uma tensão muito grande por não saber exatamente como o outro agirá com as suas atitudes”, alerta.


Ronan: críticas em excesso, críticas e acusações

Até julho do ano passado, mais de 31 mil casos de denúncias de violência doméstica ou familiar contra as mulheres foram registrados no Brasil, segundo dados da Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos. É importante ficar alerta, porque nem sempre a vítima se dá conta que está em um relacionamento abusivo, o que acaba criando uma dependência emocional grande e prejudicando a relação e a vida dela.

Para a Psicóloga e palestrante Miria Ribeiro, há diferença entre relacionamento tóxico abusivo e dependência: “Nem toda dependência emocional se estabelece num relacionamento tóxico, pois ele está associado com práticas de subjugação, desprezo, manipulação e até ameaças. Já a dependência emocional se trata de uma relação onde um dos parceiros não consegue ter autonomia e voz porque se sente necessitado da constante aprovação do outro e nem sempre é acompanhado de postura tóxica de um dos pares”, explica.


Qualquer um está sujeito, independente do gênero, de sofrer com uma relação abusiva, mas as mulheres seguem sendo as maiores vítimas. “Numa sociedade que normaliza xingamentos e acidez no tratamento com meninas e mulheres, se torna muito difícil para as mulheres identificarem a toxicidade da relação com seus parceiros, por isso é necessário apoio de amigos, familiares e profissionais”, orienta Miria Ribeiro.

Engana-se quem pensa que relacionamentos tóxicos e abusivos ocorrem somente em relações amorosas. Acontecem também no ambiente profissional. “No trabalho você tem muito mais chances de encontrar manipuladores. Ao perceber a toxicidade, procure ser sucinto com essa pessoa, não demonstre seus sentimentos e evite falar de sua vida pessoal. Os narcisistas à solta observam as suas fraquezas para pescá-lo e quando conseguem projetam em você toda sua insegurança escondida. Relate para o RH, mas se caso o ataque vier de seu líder, uma das formas é discretamente procurar um novo emprego e afastar-se totalmente”, finaliza Ronan.

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