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Saúde em risco

Hospital é denunciado por superlotação e falta de medicamentos em Duque de Caxias

Pacientes atendidos nos corredores, sala de trauma servindo de UTI e salários atrasados são alguns dos problemas


O hospital é referência para toda a Baixada Fluminense e Região Metropolitana do Estado (Foto: Divulgação)

O Hospital Adão Pereira Nunes, de responsabilidade do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi denunciado por profissionais de saúde e pacientes por falta de condições adequadas para o atendimento. Eles reclamam de superlotação e falta de medicamentos básicos. De acordo com as denúncias, há muitas macas extras improvisadas dentro das enfermarias que dificulta até a circulação dos profissionais de saúde. Os pacientes estão nos corredores.

"Muito paciente, uma superlotação de paciente. O trauma que é um lugar de trauma, lá é sala vermelha, é CTI, tudo. Pós-operatório, paciente sai da cirurgia não tem lugar na clínica cirúrgica, eles colocam paciente em qualquer lugar do trauma ou no corredor da sala verde. Tem enfermaria que é para 20 pacientes, eles estão colocando 25 pacientes ou até mais pacientes. É um tal de leito extra que eles chamam", disse uma profissional de saúde, que prefere não se identificar.



A situação é mais grave na emergência e nas enfermarias. Na maternidade, acompanhantes têm dificuldade de encontrar espaço para dormir.

Além da superlotação, outro problema preocupa pacientes e funcionários. Os trabalhadores denunciam que a unidade não tem o básico para prestar um bom atendimento.

"O hospital está em falta de insumos básicos para que nós trabalhemos. Não há seringa de 10 ml, 20ml, não há soro fisiológico de 100 ml, não há medicamentos. Dipirona está em falta, restrita apenas para alguns setores, enquanto outros, os pacientes ficam com dor, porque não há a medicação. A Prefeitura de Caxias está fazendo obras, mas não adianta fazer obra se não tem o básico e o mínimo para o hospital funcionar", reclamou um profissional de saúde.

O Eu, Rio! entrou em contato com o Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SindMedRJ), que se pronunciou sobre as denúncias. “O problema é justamente esse. Não estão faltando medicamentos no hospital. As condições são razoáveis. O maior problema que vejo, lá, é a forma de contratação. Por PJ, inclusive para a enfermagem. Esse mês, por exemplo, só pagaram os salários de dezembro no dia 1º de fevereiro.

Quanto a superlotação, também não existe. O hospital é grande e sempre teve muitos pacientes entrando", revelou o médico Eduardo Ferreira, presidente do SinMedRJ.

Procurada, a Prefeitura de Duque de Caxias se pronunciou por meio de nota. “A Secretaria Municipal de Saúde informa que o Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN) é um hospital de referência para toda a Baixada Fluminense e região Metropolitana do Estado, recebendo uma demanda grande de pacientes, principalmente nos finais de semana. A direção do HMAPN ressalta que o atendimento de emergência é porta aberta e que todas as suas equipes médicas estão mobilizadas para atender a todos que buscam os serviços da unidade. Ressalta ainda que desde que foi municipalizado, em janeiro de 2022, o hospital passa por uma grande reforma geral, ganhando novos leitos, novos aparelhos e serviços, para melhor atender a população.

Sobre a falta de insumos, a direção esclarece que a informação não procede e que o hospital vem trabalhando com seu estoque normal”, encerrou.

A pedido do Eu, Rio!, a ex-presidente da comissão de Saúde do Rio de Janeiro gravou um vídeo e falou da situação.


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