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Coordenadora de Saúde da Seap-RJ sugere retorno dos fumacês às ruas do Rio

Muito usado nos anos 90, método é aplicado no sistema penitenciário do Estado

Por Jonas Feliciano em 19/01/2019 às 09:26:00

Divulgação: SEAP

Provavelmente, quem nasceu antes dos anos 2000, já está familiarizado ou deve conhecer o carro fumacê. Houve uma época em que ele foi uma das principais formas de combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável por doenças como a Dengue, a Chikungunha e a Zika.

Hoje em dia, de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde do Município (SMS-RJ), são utilizados apenas em ações específicas, conforme avaliação e orientação técnica.

Ainda segundo a SMS, a aspersão indiscriminada de inseticida no ar pode causar intoxicação, principalmente em crianças, idosos e animais de estimação, além de desequilíbrio ambiental, com a morte inclusive de predadores naturais do mosquito.

Em nota ao Eu,Rio!, o órgão afirmou que a melhor forma de combater o Aedes Aegypti e prevenir as arboviroses é evitando o nascimento do mosquito, eliminando ou tratando nas ruas e quintais das casas, os reservatórios ou objetos que possam acumular água e se transformar em potenciais criadouros do vetor. Para isso, é fundamental o auxílio da população, cuidando de suas residências.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também informou que realiza vistorias para busca e eliminação de possíveis focos do Aedes aegypti em toda a cidade, ao longo do ano, mesmo nos meses de menor incidência das doenças causadas pelo vetor. Em 2018, os agentes de vigilância em saúde da SMS visitaram 10.284.628 imóveis e atenderam 97,34% das solicitações feitas à Central 1746 em até cinco dias úteis.

Para Nicinha Carvalho, Coordenadora de Gestão de Saúde da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap-RJ), os carros fumacês funcionam efetivamente nas ações realizadas no sistema penitenciário do estado. Ela diz que são 52 mil presos e, que desde 2002, não há nenhum registro das doenças transmitidas pelo mosquito entre os detentos.

"Com ações comprometidas e com políticas públicas temos como objetivo evitar todo o surto da doença tornando o nosso estado participativo em ações fundamentais à saúde. Acredito que uma força tarefa contra esse problema que atinge toda população poderia minimizar as doenças e suas gravidades. Neste contexto, é valido falar da importância e sobre o êxito da ação da Seap, que poderia ser multiplicada em toda cidade do Rio", sugeriu Nicinha.

José Guerreiro, Chefe do Serviço de Controle de Vetores da Seap, explicou como é feito o processo preventivo nas prisões.

"Nós realizamos a prevenção em todas às unidades, durante todo ano. Visitamos às unidades prisionais a cada 30 dias e as de Bangu, Niterói e São Gonçalo, a cada 60 dias. Usamos o tratamento de termonebulizacão (fumacê) e perifocal e também a aplicação de larvicida. O sistema funciona perfeitamente", disse o coordenador.

Procurada pela reportagem do Eu,Rio!, a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro, respondeu que a entidade decide sobre as políticas públicas, mas é responsabilidade das secretarias municipais executá-las.

Redução dos casos

Em setembro de 2018, o Ministério da Saúde divulgou dados sobre os casos das doenças provocadas pelo Aedes. Segundo dados da entidade, o país teve uma diminuição de 57% nos casos de zika. Além disso, houve ainda redução de 60% nos registros de chikungunya e 5% nos de dengue. Ainda assim, com uma queda nos índices das infecções, as três patologias totalizam 269 mil casos suspeitos e mais 117 mortes.

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