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Dia Mundial da Dança

Rio recebe neste sábado competição nacional de dança urbana

Público decidirá vencedores da disputa, que reúne 16 dançarinos


Rio de Janeiro se transforma em uma grande pista para os dançarinos urbanos mais talentosos do país se enfrentarem. Foto: Divulgação

No Dia Mundial da Dança, comemorado neste sábado (29), o Rio de Janeiro se transforma em uma grande pista para os dançarinos urbanos mais talentosos do país se enfrentarem. É a final nacional da competição global de danças urbanas, que vale uma vaga no mundial a ser disputado em novembro na Alemanha.

Participam da final nacional 16 competidores: os dois mais bem colocados de cada seletiva (Curitiba, São Paulo e Rio), os vencedores da edição do ano passado (Darlita e Tiiti), o vencedor da seletiva carioca de 2022 (Soran) e mais sete convidados. O evento vai ter o DJ Tamy nas picapes e apresentação de Aline Constantino e Zulu.

Em sua segunda edição no Brasil, o Red Bull Dance Your Style promete energia no alto, com músicas icônicas para o público não ficar parado.

Um dos curadores do evento, o dançarino e produtor audiovisual Pedrin Brum, convida o público a ser protagonista, junto com os dançarinos, em uma construção mútua do evento.

Em entrevista à Agência Brasil, Brum disse esperar neste ano “batalhas” de nível muito alto. “Por ser o segundo ano do projeto, além dos dançarinos, que estão ansiosos para mostrar seu talento, mostrar para que vieram, o público também está ansioso para fazer parte disso, viver a experiência da competição, que é o mais legal do evento. O público sai da condição de espectador e decide quem é que vai para a próxima fase, quem vai para a final, quem será o grande vencedor da etapa nacional para representar o Brasil no mundial.”

De acordo com Brum, a expectativa para o segundo ano do projeto é altíssima e a "experiência do evento será única".

Diversidade e Pluralidade

A ideia por trás do evento é celebrar a diversidade e o talento da dança urbana, do popping ao house, do passinho ao locking, dando aos dançarinos a oportunidade de mostrar suas habilidades em um ambiente competitivo, mas acolhedor.

“Há um impacto muito positivo deste tipo de evento frente à diversidade e à pluralidade, principalmente no Brasil. A dança urbana é um conjunto de danças com diáspora africana e um grande recorte periférico", afirmou. Para Brum, a competição é uma plataforma para potencialização da diversidade e da paridade de gênero. Ele destaca a participação da travesti preta Puma Camillê, especialista em capoeira e vogue, "que mostra o espaço muito mais plural e diverso”.

De acordo com Brum, os competidores precisam impressionar a multidão, já que o público será o júri. Após cada batalha, em votação popular, será escolhido aquele que avança até chegar ao vencedor. A competição é no formato um contra um, sem saber qual será a música tocada. Por isso, a capacidade de improviso do dançarino é um elemento-chave.

A dançarina de locking Darlita Albino, vencedora da 1ª edição do Red Bull Dance Your Style no Brasil, e representante do país na final mundial, disputada na África do Sul, em dezembro, disse que foi uma experiência incrível e que a competição abre portas para todos os que participam.

“Espero que neste ano mais dançarinos, principalmente mulheres, tenham possibilidade de participar. Pretendo ganhar novamente: vou para o palco batalhar pelo bicampeonato, mas, independentemente do resultado, sei que o Brasil será muito bem representado”, afirmou Darlita.

Ela ressaltou que a participação de mulheres no evento ainda é pequena, mas já foi muito menor, principalmente em áreas de destaque, tanto nas “batalhas” quanto como juradas, MC e DJ dos eventos. Na opinião de Darlita, uma forma de reverter esse cenário seria inserir mais mulheres na produção, criação e idealização de eventos de dança.

“A maioria dos eventos de dança urbana no país está ligada à imagem de um homem na produção ou organização. Uma solução para isso seria fortalecer eventos criados ou idealizados por mulheres”, disse a dançarina.

O público também terá chance de participar de uma programação especial de workshops de dança com o DJ e dançarino francês Kapela Marna e a coreógrafa africana Badgyal Cassie, a partir das 13h30, com foco em passinho, além de diversas atividades imersivas no local. As inscrições podem ser feitas no site do evento.

Os ingressos para a final nacional já estão esgotados, mas a competição pode ser acompanhada pelas redes sociais.

Agência Brasil

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