O projeto “Maré a Leste Sacudindo os Territórios com trocas de saberes, gerando Renda e Sustentabilidade Ambiental em Comunidades Pesqueiras”, é uma iniciativa da CONFREM Brasil (Comissão de Fortalecimento das Reservas Extrativistas, Povos e Comunidades Tradicionais Costeiras e Marinhas), e tem a finalidade de realizar encontros e ações de formação para a troca de saberes entre as comunidades pesqueiras do estado do Rio de Janeiro.
Essas atividades buscam o fortalecimento das organizações comunitárias, geração de renda, incentivo à pesca sustentável aliada aos princípios da economia solidária. Também desenvolve um espaço de escuta e entendimento das estratégias para preservação dos territórios e garantia da segurança alimentar das populações que vivem da pesca.
As ações do projeto visam as melhorias das condições de trabalhos dos pescadores em seis regiões pesqueiras situadas na Baía de Guanabara e de Sepetiba: Praias Grande e do Pontal (Arraial do Cabo); Tubiacanga e Pontal do Ipiranga (Bairro de Sepetiba); Itaipu e lagoa de Itaipu (Niterói); Saracuruna (Duque de Caxias).Esses territórios têm um histórico de vulnerabilidade, de impacto pela poluição, descaso do estado e ainda são constantemente ameaçados com a escassez de recursos que são fundamentais para a saúde financeira da população.
Outro dado importante, é que territórios como o de Saracuruna e região, por exemplo, são impactados diariamente com o despejo do lixo da Baía de Guanabara, que resulta na poluição do rio Farias e Estrela, ocasionando a mortes de peixes, bem como dificultando o acesso dos pescadores aos seus locais de pesca.
Diante dessa realidade, o projeto promoveu nos dias 27, 28 e 29 de abril, em Itaipu, Niterói, um encontro para discutir e denunciar os descasos com as populações desses territórios.
“Esse momento do Seminário foi de avaliação dos resultados alcançados pelo Projeto Maré a Leste, com a participação de representantes das aglutinadas e dos parceiros. Foi um momento para analisar a contribuição do Projeto no enfrentamento dos problemas de injustiça ambiental e climática, como também de racismo ambiental vivido nessas comunidades atendidas pela iniciativa.”, explicou Kátia Barros, assessora de projetos
São parceiros do projeto as seguintes instituições: Aremac (Associação Mãe da Reserva Extrativista Marinha de Araial do Cabo), Movimento Baía Viva, Reserva Extrativista Marinha de Itaipu, Subsecretaria da Região Oceânica de Itaipu (Prefeitura de Niterói) e o Solidariedade Técnica – Soltec/UFRJ
Fonte: CONFREM Brasil