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Campanha nacional

Rede Brasileira de Mulheres Cientistas lança campanha #AssédioZero

Tema será abordado em lives mensais por pesquisadoras de universidades


Objetivo da campanha é estimular o debate sobre a cultura do assédio que atinge mulheres nos espaços acadêmicos. Foto: Agência Brasil

A Rede Brasileira de Mulheres Cientistas (RBMC) lança nesta semana a campanha nacional #AssédioZero, com o objetivo de estimular o debate sobre a cultura do assédio que atinge mulheres nos espaços acadêmicos. Entre as atividades programadas, a organização realizará uma série de lives com pesquisadoras convidadas para abordar o tema sob diferentes perspectivas.

A primeira live da campanha #AssédioZero ocorre nesta terça-feira (27), às 19h30, com transmissão no perfil oficial da RBMC no Instagram. As pesquisadoras Valeska Zanello, da Universidade de de Brasília (UnB) e Heloísa Buarque de Almeida, da Universidade de São Paulo (USP) vão dialogar sobre o tema Pelo fim da cultura do assédio no ambiente acadêmico, com mediação de Patrícia Valim, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

A RBMC realizará uma série de lives mensais para abordar o tema do assédio nas universidades a partir de diferentes enfoques, como a relação entre racismo e sexismo no assédio contra mulheres negras, as formas de acolhimento, os espaços de denúncia, os desafios jurídicos e as iniciativas bem-sucedidas de combate ao problema.

A ação é resultado do trabalho coletivo da rede, impulsionada pela denúncia das pesquisadoras Lieselotte Viaene, Catarina Laranjeiro e Miye Nadya Tom, no texto As paredes falavam quando ninguém falava - Notas autoetnográficas sobre o controle do poder sexual na academia de vanguarda, publicado em coletânea, em março deste ano. A entidade propõe que a campanha seja uma forma de acolhimento às professoras, estudantes, técnicas administrativas e profissionais terceirizadas que sofrem assédio.

Segundo a rede, dados de pesquisas sobre o tema demonstram a recorrência alarmante do assédio no ambiente acadêmico e a falta de mecanismos dentro destes espaços para coibir a prática, o que afeta profundamente a vida das mulheres.

Em pesquisa realizada pelo Data Popular e Instituto Avon, em 2015, com 1.823 universitários, 67% das estudantes afirmaram ter sofrido violência sexual, psicológica, moral ou física praticada por um homem em instituições de ensino superior.

Sobre a RBMC

A Rede Brasileira de Mulheres Cientistas nasceu em 23 de abril de 2021, com a proposta de desenvolver estratégias de ação no contexto da pandemia de covid-19. Cerca de 4 mil pesquisadoras de todas as regiões do Brasil assinaram a Carta em defesa da Rede. Em dois anos de atuação, a RBMC vem promovendo debates a partir da perspectiva de gênero e de raça, desenvolvendo projetos e articulando parcerias para contribuir na construção de uma sociedade equitativa.





Agência Brasil

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