"Valorizamos nossas raízes e o poder da diversidade. Para nós, cultura também é energia. Uma energia poderosa que movimenta a sociedade através da criatividade e da inspiração e que promove crescimento e mudanças. Apoiamos a cultura brasileira como força transformadora e impulsionadora do desenvolvimento".
A frase acima é da Petrobrás, uma das maiores patrocinadoras da arte e do esporte no Brasil, entre as empresas estatais. Essa condição, no entanto, pode mudar. Com a justificativa de redirecionar os investimentos para áreas consideradas de maior importância, o presidente da República, Jair Bolsonaro, informou que pretende cortar alguns patrocínios promovidos pela petrolífera. Projetos relacionados às artes devem ser os mais afetados.
O presidente da República usou as redes sociais para sinalizar com a intenção dos possíveis cortes. "Para maior transparência e melhor empregabilidade do dinheiro público, Informamos que todos os patrocínios da Petrobras estão sob revisão, objetivando enfoque principal dos recursos para a educação infantil e manutenção do empregado à Orquestra Petrobras", postou Bolsonaro no Twitter.
Além da Orquestra Sinfônica Petrobrás, a estatal também põe dinheiro no esporte, no cinema, no teatro e na dança, entre outras atividades. Na dança, por exemplo, uma das companhias patrocinadas é a arrojada Deborah Colker, que já produziu espetáculos como Velox, Casa e Nó. No audiovisual, o Prêmio Petrobrás de Cinema e o Festival Anima Mundi também dependem do aporte de verba da Petrobrás. Já no esporte, a Fórmula 1 e a Stock Car são as beneficiadas, além do chamado Time Petrobrás, um grupo de 25 atletas olímpicos e paralímpicos.
O presidente da República ainda não informou de quais áreas da cultura beneficiadas pela Petrobrás pretende diminuir as verbas de patrocínio. Como acionista majoritária, a União tem autonomia para redirecionar as verbas de patrocínio da estatal.