O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça junto à 1ª Vara Criminal de São João de Meriti, obteve a condenação do miliciano Thiago Gutemberg, vulgo Curisco, a 26 anos de prisão em regime fechado. Ele é acusado de homicídio duplamente qualificado por motivo torpe e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima, Leonardo Alves. Sustentou a acusação a promotora de Justiça Denise Pieri.
Em março de 2020, Leonardo, que já havia sido preso por envolvimento com o tráfico de drogas, estava no Parque Jardim Bonifácio soltando pipa com alguns amigos quando foi surpreendido por um veículo, de onde desceram homens encapuzados e fortemente armados. O rapaz foi executado com 25 disparos de arma de fogo, sendo dois na cabeça e 19 pelas costas, que foram a causa efetiva de sua morte. Três meses depois, Thiago foi preso em flagrante pela Polícia Civil após uma denúncia anônima, em um veículo fruto de receptação e com uma arma de fogo ilegal.
A partir da extração de dados do telefone do acusado, foi possível desbaratar a quadrilha que atuava no Morro da Malvina, em São João de Meriti, liderada por Nilson Miranda, vulgo Ninja, policial militar que, mesmo preso, seguia à frente da milícia da região.
Em setembro de 2021, o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ) cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão contra 13 integrantes desta organização criminosa, dentre os quais Thiago Curisco, oferecendo denúncia na sequência, tendo a malta sido condenada pelo Juízo de Direito da Vara Especializada em Organização Criminosa da Capital.
A apreensão da arma no flagrante com acusado possibilitou o confronto balístico, cujo resultado foi positivo.
MPRJ