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América verde, branca e grená

Fluzão bate o Boca na prorrogação e garante o título da Libertadores

John Kennedy marcou o gol do título e torna-se herói mais uma vez


John Kennedy entrou para marcar o gol do título e ser expulso em seguida. Foto: Mailson Santana/Fluminense

Foi com (muita) emoção, mas o Fluminense chegou ao tão sonhado título da Copa Libertadores da América. Depois do trauma de 2008, o Fluzão voltou ao Maracanã numa final continental e exorcizou o fantasma, sagrando-se campeão. German Cano abriu o placar para o Tricolor, Advíncula empatou para o Boca e John Kennedy garantiu a vitória do Fluminense.

O jogo

O Fluminense dominou o primeiro tempo por completo. Com muita posse de bola, o Flu envolvia a marcação dos argentinos e chegou ao gol aos trinta e cinco, com o artilheiro da Libertadores, German Cano. O gol foi no melhor estilo Fernando Diniz, com os dois pontas, Keno e Arias tabelando na mesma área do campo e invadindo a grande área, foi aí que Keno tocou para Cano, que fuxicou o gol defendido por Romero. 1 a 0 Fluminense. O Boca Juniors até tentou reagir, mas continuava muito acuado na defesa, talvez esperando uma oportunidade, que até aconteceu com Merentiel, mas não foi bem finalizada.

O segundo tempo começou com um Boca Juniors mais ativo e presente no campo de ataque, pressionando a saída de bola tricolor. O Fluminense conseguia reter a bola e neutralizava as principais ações ofensivas dos argentinos até que, aos 27, Advíncula fez linda jogada individual pela direita, cortou para dentro e acertou o ângulo do goleiro Fábio, empatando o placar. Este foi o momento de mais tensão da partida, já que o time do Fluminense sentiu o gol e não conseguia retomar a boa performance que outrora apresentava.

Foi aí que o técnico Fernando Diniz resolveu mudar a equipe promovendo a entrada de Lima, Diogo Barbosa, Guga e John Kennedy. Este último, alvo de uma profecia do professor, que disse que o “urso” marcaria o gol do título. Após as mudanças, o Flu voltou a levar perigo.

Veio a prorrogação e lembram da profecia que citei acima? Ela se cumpriu aos oito minutos do primeiro tempo da prorrogação. Um golaço que mudou a história do jovem formado nas Laranjeiras e do Fluminense para a eternidade. Mais um ato heróico do moleque de Xerém que se acostumou a decidir jogos da Libertadores.

Louco da cabeça, Kennedy ignorou o cartão que havia levado por meter a mão na cara de Equi Fernández e subiu as escadas para comemorar o gol histórico com seu povo. Povo este que o abraçou e não queria largar. Quando finalmente voltou ao campo, o árbitro Vilmar Roldán puxou o segundo amarelo e o expulsou. Daí para frente, pouco jogo. O Boca teve Fabra expulso por um tapa no rosto de Nino e Guga ainda teve a chance de marcar o terceiro, mas parou na trave. Trave esta que até impediu o terceiro gol, mas não a comemoração dos milhares de tricolores no Brasil e no mundo. Pode gritar, tricolor, o Fluminense é campeão da Libertadores!

FICHA TÉCNICA

Fluminense 2 X 1 Boca Juniors

Gols: Fluminense - German Cano (36/1T) e John Kennedy (99/1TP) / Boca Juniors - Advíncula (27/2T)

Local: Estádio Jornalista Mário Filho - Maracanã

Fluminense: Fábio, Samuel Xavier (Guga), Felipe Melo (Marlon) Nino, Marcelo (Diogo Barbosa); André, Martinelli (Lima), Ganso (John Kennedy); Arias , Keno e Cano.Técnico: Fernando Diniz.

Boca Juniors: Romero, Advincula, Figal, (Valdez), Valentini; Fabra, Medina (Taborda), Guillermo Fernandez, Ezequiel Fernandez (Saracchi); Barco (Langoni), Cavani (Benedetto) e Merentiel (Janson).Técnico: Jorge Almirón.

Cartão Amarelo: Saracchi, Langoni, Figal e Cavani (BOCA) / Keno, Kennedy, Nino e Cano (FLU)

Cartão Vermelho: Fabra (BOCA) e John Kennedy (FLU)

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