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Opinião não é Ciência

Sociedade de Imunizações critica pesquisa do CFM questionando obrigatoriedade de vacina contra Covid-19

Doença matou 135 crianças até cinco anos, entre 5.310 casos de síndrome respiratória aguda grave ano passado


No final do ano passado, Ministério da Saúde incluiu crianças até cinco anos no calendário anual de vacinação contra Covid-19. Foto: Agência Brasil

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) criticou uma pesquisa conduzida pelo Conselho Federal de Medicina, que busca saber a opinião dos médicos sobre a obrigatoriedade da vacinar crianças entre seis meses e 5 anos de idade contra a covid-19. O Conselho afirma que a intenção da pesquisa é "entender a percepção dos médicos brasileiros" sobre a questão, sendo "fundamental para enriquecer a análise e contribuir para a tomada de decisões futuras".

A SBIm, em contrapartida, afirma que a pesquisa equipara as crenças pessoais dos médicos à Ciência, o que pode gerar insegurança na comunidade médica e afastar a população das salas de vacinação. O que não traria nenhum benefício para a sociedade.

A entidade de imunização lembra que a covid-19 foi responsável por 5.310 casos de síndrome respiratória aguda grave e 135 mortes entre crianças menores de 5 anos no Brasil apenas em 2023, de acordo com o boletim do Ministério da Saúde que traz dados até o mês de novembro.

Desde o início da pandemia, foram 2.103 casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica, que é uma manifestação tardia da covid-19, com 142 mortes.

Portanto, a SBIm ressalta que a vacinação contra a covid-19 é uma estratégia comprovadamente eficaz e segura para a prevenção da doença, que é potencialmente fatal também entre crianças.

Após a divulgação do posicionamento da Sociedade de Imunizações contrário à pesquisa, o Conselho Federal de Medicina divulgou uma nota, nesta sexta-feira (12), em que enumera oito pontos em defesa do levantamento da opinião da classe médica.

Entre eles está a defesa de ampliação do debate a respeito do tema, já que a bula da vacina recomenda a prescrição médica. E que o Conselho tem sido incitado a se posicionar a respeito da obrigatoriedade, já tendo pedido a posição das Câmaras Técnicas de Pediatria, de Infectologia e de Bioética da própria entidade.





Agência Brasil e RadioAgência Nacional

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