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Tuberculose é a doença infectocontagiosa que mais mata no mundo

Com mais de um milhão de mortes por ano, a doença supera inclusive o HIV/AIDS

Por Portal Eu, Rio! em 23/03/2019 às 10:48:00

Foto: Pixabay

Amanhã, 24 de março, é celebrado o Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose. A data foi criada em homenagem ao descobrimento do bacilo causador da doença pelo médico Robert Koch, em 1882, e até hoje é um importante meio de conscientização. Em todo o mundo, são cerca de 10 milhões de novos casos e mais de um milhão de mortes por tuberculose por ano, segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) de 2017.

No Brasil, ocorrem cerca de 4,6 mil mortes em decorrência da tuberculose a cada ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde. A doença infectocontagiosa que mais mata no mundo, superando inclusive o HIV/AIDS. 

A tuberculose é uma doença infecciosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, ou bacilo de Koch. Transmitida de pessoa para pessoa, principalmente por via aérea, em situações comuns como conversar, espirrar e tossir, é causada pela referida microbactéria que afeta principalmente os pulmões, e também pode atingir qualquer outro órgão, como ossos e rins.

De acordo com Leonardo Meira, médico pneumologista, a gravidade da doença pode variar de acordo com diversas condições, incluindo desde características individuais do paciente, como a presença de doenças associadas antecedentes, estado nutricional, imunológico e perfil de resistência da microbactéria. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de identificação e cura.

Os sintomas mais comuns da doença são a tosse habitualmente produtiva e contínua, além de sintomas sistêmicos, como febre baixa, falta de apetite, cansaço excessivo, sudorese noturna e a perda de peso. Diagnosticar e tratar de forma correta os casos de tuberculose são as principais medidas para o controle da doença. O tratamento tem a duração de no mínimo seis meses e os medicamentos são fornecidos gratuitamente e exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

No entanto, um dos maiores desafios é a adesão do paciente ao tratamento. A taxa de cura, em 2016, foi de 69,1%, com 11,5% de abandono. “A adesão é prejudicada pela extensão do tratamento e potenciais efeitos colaterais como a toxicidade hepática, além de rótulos estigmatizantes. Não existe exclusão de faixa etária, nível social ou sexo, embora dados corroborem a maior prevalência em populações com maior desamparo social.  Uma das principais formas de interromper a progressão da doença dentro do contexto familiar e social, principalmente em comunidades carentes, é a adequada identificação dos contatos domiciliares e a adequada implementação da estratégia DOTS (Tratamento Diretamente Observado), fundamental na atenção básica”, explica Leonardo Meira.

Segundo o médico, o paciente precisa ingerir de dois a quatro comprimidos, em jejum, por dia durante seis meses. Mas, após os 20 dias iniciais, habitualmente não há mais transmissão da doença. Entre as principais causas de abandono, conforme citado, também está o tempo prolongado do tratamento: “Muitas pessoas param de tomar os medicamentos quando os sintomas desaparecem. O tratamento é longo, mas deve ser completado independente da melhora nesse tempo, já que os tratamentos irregulares podem levar à resistência ao esquema básico (RIPE)”, completa o pneumologista.

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