Imperatriz, com desfile deslumbrante, pisa firme na avenida em busca do segundo título seguido
Amparada pela estética exuberante do carnavalesco Leandro Vieira, a agremiação de Ramos usou e abusou do misticismo
Escola de Ramos foi considerada a melhor da noite de domingo de carnaval na Sapucaí. Foto: Reprodução Internet
Atual campeã do Carnaval, a Imperatriz Leopoldinense arrebatou a Sapucaí na luta pelo bicampeonato, após o título de 2023, sendo a melhor escola da primeira noite de desfiles do Grupo Especial. Amparada pela estética exuberante do carnavalesco Leandro Vieira, a agremiação de Ramos usou e abusou do misticismo, resgatando a história do testamento da cigana Esmeralda, que é baseado numa obra do poeta nordestino Leandro Gomes de Barros.
Foi um deslumbre. A escola apresentou alegorias grandiosas, além de fantasias luxuosas e de fácil leitura, o que permitiu o bom entendimento da narrativa proposta.
A comissão de frente, comandada por Marcelo Misailidis, representou uma fogueira que trouxe a cigana Esmeralda "flutuando", com direito a drone guiando uma bola de cristal que "voava" em cima do público das frisas.
A bateria de mestre Lolo e o intérprete Pitty de Menezes abrilhantaram ainda mais a festa. Os componentes também mostraram garra e cantaram o samba a plenos pulmões, esbanjando felicidade. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro, também fez bonito.
Ao final do primeiro dia de desfiles, Grande Rio, Salgueiro e Beija-Flor brilharam; Unidos da Tijuca, homenageando Portugal, não empolgou; e a Porto da Pedra teve problemas na última alegoria, o que provocou buracos na pista e correria entre os integrantes para completar o desfile, enquanto a Imperatriz pisou firme na avenida na luta pelo segundo título seguido. Desde 2008, com a Beija-Flor, escola alguma consegue o bicampeonato.
Ouça no podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial.