O Brasil vive uma explosão de casos de dengue. Distrito Federal, seis estados e 154 municípios já decretaram situação de emergência.
A previsão de pico da doença é para o fim de março. A estimativa é de mais de quatro milhões de casos só este ano.
Distrito Federal e 16 estados apresentam incidência da doença acima da tendência histórica.
Para combater o vírus, no próximo sábado (2), acontece o Dia D de Mobilização Nacional Contra a Dengue.
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, detalhou as ações que envolvem o controle dos focos do mosquito Aedes aegypti e a orientação à população. "O principal é o combate aos focos do mosquito. [Teremos] visita às casas; trabalho junto com os agentes de saúde, tanto de endemias como os agentes comunitários de saúde; esclarecimentos à população. Em alguns lugares, as escolas também vão estar participando desse esforço".
As ações do Dia D vão reunir governo federal, estados, municípios e sociedade.
Ouça no Podcast do Eu, Rio! a reportagem da Rádio Nacional sobre o impacto das mudanças climáticas, que faz as autoridades sanitárias buscarem prevenir a pior epidemia de dengue jamais ocorrida no Brasil.
Segundo o secretário de Saúde de Minas Gerais e presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde, Fábio Baccheretti, o país vive o pior ano da história em relação a dengue.
"Então nós temos mudanças climáticas que fez com que essa onda iniciasse muito cedo. Em outubro do ano passado, já discutimos que este ano seria difícil. Vale a pena enfatizar que já sabíamos este ano e estávamos já discutindo ações. Hoje não estamos aqui surpresos com o que está acontecendo. É o pior ano da história. Como é o pior ano da história, nós não podemos achar que não temos que fazer ações ainda mais intensas".
Em caso de dengue, a hidratação é fundamental, como também buscar atendimento médico e evitar a automedicação.
Para o tratamento de sintomas como dor ou febre, dipirona ou paracetamol são os indicados. Já corticoides, aspirinas e antiinflamatórios são contraindicados.