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Investigação sobre assassinato de Marielle Franco chega ao STF

Segredo de Justiça dificulta acesso às razões do envio; Supremo é o foro privilegiado para autoridades

Por Portal Eu, Rio! em 15/03/2024 às 10:17:01

Seis anos depois da execução da vereadora, inquérito sobre a morte da vereadora é enviado ao Supremo Tribunal Federal. Foto: Renan Otaz/Câmara Municipal do Rio de Janeiro

O processo que apura os mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF). A investigação procura saber quem atuou como mandante das mortes.

Há seis anos, em 14 de março de 2018, a vereadora e seu motorista foram baleados dentro do carro em que transitavam na região central do Rio de Janeiro.

O inquérito está em segredo de Justiça e ainda não é possível obter detalhes sobre os motivos que levaram a Polícia Federal (PF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde o processo tramitava, a enviar o caso ao Supremo.

Nas questões criminais, cabe ao STF o julgamento de autoridades com foro privilegiado na Corte, como deputados federais e senadores. Dessa forma, uma das justificativas para a remessa da investigação pode ser a citação do nome de alguma autoridade com foro na Corte. Contudo, o motivo da movimentação da investigação não foi confirmado pela Polícia Federal.

Em outro processo sobre a investigação, o policial militar reformado Ronnie Lessa deve ser levado a júri popular. Ele é acusado de ser um dos executores dos assassinatos.

Ouça no Podcast do Eu, Rio! a reportagem sobre o envio do inquérito do assassinato de Marielle Franco ao Supremo Tribunal Federal.

Na quinta-feira, pela manhã, no centro do Rio, familiares, amigos e outras vítimas de violência protestaram contra o crime, que segue até hoje sem o esclarecimento sobre os mandantes.A viúva de Marielle, Mônica Benício, divulgou uma declaração sobre os desdobramentos do inquérito trazidos a público nesta quinta-feira, sexto aniversário do assassinato:

"A dor de ter passado por mais um 14 de março sem respostas, sem justiça, é imensa. Seis anos é tempo demais para impunidade. Não quero mais promessas ou prazos que podem ser frustrados porque isso nos causa mais dor.

Sobre a suposta delação de Ronnie Lessa, enquanto não for confirmada pelas autoridades, não houver homologação judicial e eu não tiver conhecimento dos seus termos, infelizmente, não tenho o que comentar.

Minha esposa foi assassinada e meu compromisso é com a luta por justiça. Por isso, tenho muito cuidado em não comentar qualquer especulação que possa vir a atrapalhar as investigações.

Como viúva de Marielle, tenho a esperança de que estejamos finalmente chegando perto de saber os nomes dos mandantes e as motivações do crime. Mas aguardo que as autoridades responsáveis pelas investigações anunciem oficialmente quem mandou matar Marielle e por quê".





Por Portal Eu, Rio!

Fonte: Agência Brasil e RadioAgência Nacional

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