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Alunos, pais e professores de colégios federais protestam contra o corte de 30% da verba

Presidente e vice-presidente participaram da comemoração do aniversário do Colégio Militar

Por Leonardo Pimenta em 06/05/2019 às 13:30:15

Foto: Leonardo Pimenta

Os alunos, professores e pais do Colégio Pedro II, do CEFET e do IFRJ fizeram uma grande passeata na manhã desta segunda (6) em frente ao Colégio Militar do Rio de Janeiro. Os manifestantes protestavam contra o corte de 30% das verbas para os colégios e universidades federais e aguardavam a chegada do presidente Jair Bolsonaro e o vice-presidente Hamilton Mourão, que compareceram a uma solenidade de aniversário do Colégio Militar.

O grupo formado por representantes de todas as categorias das instituições federais ocupou pacificamente a Rua São Francisco Xavier, entre a entrada do Colégio Militar e o Colégio Pedro II. Um dos movimentos presentes por lá foi o coletivo de pais do Colégio Pedro II, que existe desde 2016 na instituição e se reúne com a proposta de defender uma escola pública de qualidade.

Segundo duas mães de alunos da instituição, o corte de 30% nas verbas foi mais uma má notícia após o anúncio do governo do congelamento de 20 anos de investimentos na educação pública. Uma das mães relatou que o colégio já está passando por um processo de contenção de despesas, inviabilizando reformas necessárias às instituições, e por uma redução do quadro de funcionários, como a redução de trabalhadores que fazem parte do Núcleo de Apoio a Portadores de Necessidades Especiais, o NAPE. Com o corte, a abertura e a manutenção das instituições ficarão inviáveis.

“Todos estão apavorados; o corte vai inviabilizar o funcionamento da escola. O corte é em cima de uma verba que estava sendo utilizada, inclusive para pagamento de água, luz e terceirizados, e isso vai impactar muito a gestão. A escola é de gestão democrática, onde nós, pais, temos voz e a participação em todos os conselhos. É uma escola de administração coletiva. Na verdade, os problemas vieram de fora, mas nós sabemos que esses ataques não são só ao Pedro II, na verdade, o ataque é à escola pública. Nós temos ciência disso”, disse Claudia Souza, mãe de um dos alunos do Colégio Pedro II.    

Durante a manifestação, os alunos ocuparam a calçada em frente ao Colégio Militar, esperando a saída do presidente da República, e foram reprimidos por soldados, com o uso de cães e um cordão de isolamento formado por militares, que não deixavam os manifestantes se aproximarem da instituição.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, e o vice-presidente, Hamilton Mourão, participaram do aniversário do Colégio Militar e saíram pela porta dos fundos da instituição, sem comentar sobre a manifestação.

No dia 15 de maio, está prevista uma greve geral pela educação da qual participarão professores de escolas públicas e privadas.  

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