Uma mulher que denunciou a milícia que atua na comunidade de Santa Maria, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, sofreu um estupro coletivo por parte de integrantes do bando, revelam os autos do processo contra a quadrilha que tramita na 1ª Vara Criminal de Jacarepaguá do Tribunal de Justiça.
Segundo o relatório da Justiça, os milicianos foram atrás de pessoas que eles suspeitavam que haviam lhes denunciado para a polícia. Estas pessoas tiveram suas casas invadidas, foram humilhadas e violentadas física, moral e sexualmente por membros da quadrilha, além de terem seus bens roubados e serem expulsas da comunidade.
"É que os réus constituíram verdadeira organização criminosa na região de Santa Maria, impondo aos moradores e comerciantes locais uma situação verdadeiramente desumana", dizem os autos.
A Justiça alega que terá dificuldades em dar prosseguimento ao processo já que há a necessidade de coletar o depoimento várias pessoas em juízo e é mais do que razoável concluir que tais cidadãos se sentirão apavorados para depor em juízo, caso em liberdade os réus.
O Ministério Público Estadual informou que os promotores do caso não permitiram que se tornasse pública a denúncia na íntegra contra os milicianos sob alegação que há dados sensíveis da investigação.