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Saiba quem é Raro, chefão do Complexo da Pedreira

Traficante tem recompensa oferecida pelo Disque-Denúncia

Por Mario Hugo Monken em 02/08/2019 às 14:48:48

Foto: Divulgação/Disque Denúncia

O traficante Émerson Brasil da Silva, o Raro, herdou o comando da venda de drogas no Complexo da Pedreira, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio, após a prisão de Carlos José da Silva Fernandes, o Arafat, em 2016.

O bandido, no entanto, não sossega apenas com o comércio de entorpecentes. É apontado como um dos maiores ladrões da cidade, respondendo a quatro processos na Justiça abertos desde o ano passado acusado do crime de roubo majorado, principalmente de cargas. Mandou roubar até caminhão com fraldas. Ele tinha até uma gerência de roubo de cargas em sua quadrilha. Muitos motoristas que têm o caminhão atacado são levados para dentro da favela. Ações criminosas desta natureza praticadas pelo bando chegaram a ser filmadas e divulgadas na mídia.

Uma das vítimas contou que trafegava pela Rodovia Presidente Dutra quando foi quando foi abordado por quatrosuspeitos que estavam em um veículo Gol Bolinha. O caminhoneiro afirmou queo carro lhe fechoufazendo-o frear bruscamente, quando os denunciados anunciaram o assalto e determinaram que ele seguisse pra a favela da Quitanda. A vítima relatou, ainda, que ao chegarem nacomunidadejá havia diversos elementos armandos no local, os quais descarregaram toda a carga, liberando-a logo em seguida. A carga estava avaliada em R$ 194.614,43

Tortura e assassinatos

Raro também tem perfil violento. Ele é acusado de torturar vítimas, por desconfiar que elas faziam parte de facção criminosa rival, inclusive efetuando disparos de arma de fogo em suas mãos.

Na ocasião, foram levados os bens e o carro em que as vítimas viajavam. Em seguida, conduziram os dois até a comunidade do Chaves, localizada na região. Por desconfiarem que as vítimas pertenceriam à facção rival Comando Vermelho, iniciaram uma série de agressões físicas com o intuito de fazer com que confessassem esse suposto envolvimento.

Em seguida, conduziram as vítimas à Pedreira, onde continuaram a torturá-las e a perguntar se pertenceriam à facção Comando Vermelho. Dentre as agressões, cada uma delas recebeu um disparo de arma de fogo em suas mãos.

Ele também teria mandado executar dois de seus antigos aliados em medos de março de 2018. As vítimas foram os traficantes de vulgo Rei Echo e Da Roma e foram mortos porque tinham ainda ligações com o traficante Sassá ou Coroa, antigo chefe do Complexo da Pedreira, e que teria se associado ao Comando Vermelho (CV).

Teria dado ordens também para matar o traficante Zézuca, que era do Gogó da Ema, em Guadalupe. Esse bandido dizia nas redes sociais que iria cortar a cabeça do Raro e apareceu morto com o corpo pendurado em um latão da Comlurb dentro da comunidade.

Sua quadrilha é investigada pelo assassinato do policial militar Raphael de Oliveira Monteiro, no ano passado. Ele participava de um patrulhamento nas imediações do complexo quando os agentes foram atacados por um bonde que deixava a Pedreira. Raphael foi atingido na cabeça

Uma das últimas denúncias que surgiram contra Raro indica que ele estaria cobrando altas taxas de motoristas de vans que circulam pelas redondezas e também de comerciantes.

Este ano ele mandou que fechassem o comércio nas imediações da comunidade porque um comparsa, de vulgo Funa, morreu em um acidente automobilístico. Ele era o segundo na hierarquia do tráfico no complexo.

O bandido participou da tentativa de invasão à Favela da Rocinha, na Zona Sul, em 2017 e pulou de facção recentemente, saindo da Amigos dos Amigos (ADA) e indo para o Terceiro Comando Puro (TCP). Também integrou guerras pelo controle dos morros do Juramento, em Vicente de Carvalho, e do Jorge Turco, em Rocha Miranda, ambos na Zona Norte.

Ele atua no crime desde 2009 quando passou a ocupar o cargo de gerente-geral no Morro do Lagartixa, prestando contas ao traficante de drogas Celso Pimenta, o Playboy, morto pela polícia há alguns anos.

O Disque Denúncia está oferecendo uma recompensa de R$ 2 mil para quem prestar informações que ajudem na captura do criminoso.
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