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Reinaldo Junior está em cartaz no Rio com personagens que trazem reflexão social

Ator faz o público pensar na premiada "Esperança na Revolta" e em “OBORÓ - Masculinidades Negras”

Por Portal Eu, Rio! em 29/08/2019 às 16:46:46

Reinaldo em foto promocional de “OBORÓ - Masculinidades Negras”. Foto: Julio Ricardo/Divulgação

O espetáculo “Esperança na Revolta” reestreia nesta sexta-feira (30) e fica e em cartaz até dia 15 de setembro, sempre às sextas e sábados às 20h e domingos, às 19h30 com entradas gratuítas no Terreiro Contemporâneo, uma das bases da arte negra no Rio. A peça que é líder de indicações ao Prêmio Shell 2019 e ganhadora na categoria Direção pelo trabalho de André Lemos, traz uma reflexão social através da história de Wesley, interpretado pelo ator Reinaldo Júnior.

Ele é um mototaxista, que tem a esperança de seu filho e os “crias” da comunidade tenham destinos diferentes do seu irmão e muitos amigos. A sua revolta é com o “esculacho” que o estado e a polícia fazem dentro da favela.

Reinaldo também pode ser visto em “OBORÓ - Masculinidades Negras”, onde interpreta “Nilton” em uma montagem que aborda a realidade do homem negro, que vive à margem de uma sociedade racista, por meio de personagens com características semelhantes a orixás. Oboró é um termo que, em Yorubá, é usado para designar orixás do sexo masculino. Reinaldo traz para cena o personagem que representa o orixá “Xangô”.

Trazendo o velho olhar da ancestralidade, que se renova no cotidiano dos homens através das masculinidades negras, que vem sendo representado por meio da vida e da arte nos palcos cariocas. Reinaldo Junior, é um dos artistas da cena preta teatral que se dedica a trabalhar o tema com objetivo de combater o racismo e trazer humanização aos corpos de homens negros.Com direção de Rodrigo França (BBB) e texto de Adalberto Neto. Com ultimas apresentações nesta quinta, sexta e sábado às 19h e domingo às 18h, no Teatro Firjan Centro.

Apesar da renovação do olhar, o tema vem sido debatido há bastante tempo a partir da subjetividade homens negros dentro das artes cênicas, com artistas como Abdias do Nascimento fundador do Teatro Experimental, Rubens Barbot, fundador da primeira Cia de Dança Contemporânea Negra do Brasil e Hilton Cobra, o cobrinha da Cia dos Comuns. Seguindo os passos desses mestres, Reinaldo destaca que é preciso voltar para ancestralidade para rever conceitos abordados hoje, trazendo uma reflexão para o cotidiano e a realidade que o homem negro se encontra dentro da sociedade.

“No espetáculo não somos embrutecidos, não somos raivosos, não tem divisão entre bem e mal. Apenas a realidade, nossas dores, alegrias e sobretudo o enfrentamento contra o racismo. É importante que olhem os homens negros desta forma, é importante aponta para um lugar de retorno a ancestralidade, com o objetivo de renovar e fortalecer os conceitos de comunidade”, destaca Reinaldo.

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