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Estados Unidos acusam Irã de estar por trás dos ataques na Arábia Saudita

Autoridades americanas citam dados e imagens de satélites, mas o Irã nega as acusações

Por Kaio Serra em 16/09/2019 às 12:08:23

Imagens de satélites mostram que o Irã está por trás dos ataques às principais instalações petrolíferas da Arábia Saudita. Foto: Reprodução

Os Estados Unidos divulgaram imagens de satélites e citaram dados alegando que o Irã está por trás dos ataques às principais instalações petrolíferas da Arábia Saudita. O Irã nega envolvimento nos ataques aéreos de sábado (14), que foram reivindicados pelos rebeldes houthis, que de fato são aliados iranianos.

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, culpou o Irã no fim de semana, sem fornecer nenhuma evidência, levando Teerã a acusar Washington de fraude. Em uma publicação via Twitter no domingo (15), o presidente Donald Trump parou de acusar diretamente o Irã, mas sugeriu uma possível ação militar uma vez que o agressor era conhecido.

De acordo com o Pentágono, ocorreram 19 pontos de ataque sobre os alvos. Os equipamentos utilizados, que seriam drones, vierem da direção oeste para noroeste, e não de um território controlados por Houthis, que fica a sudoeste das instalações de petróleo. As autoridades disseram que isso poderia sugerir locais de lançamento no norte do Golfo, Irã ou Iraque.

O Iraque negou no fim de semana que os ataques foram lançados de seu território. O primeiro-ministro iraquiano, Adel Abdul Mahdi, disse que Pompeo o garantiu por telefone na segunda-feira que os EUA apoiavam a posição de Bagdá.

Autoridades citadas pelo New York Times disseram que uma mistura de drones e mísseis de cruzeiro poderia ter sido usada, mas que nem todos atingiram seus alvos em Abqaiq e no campo de petróleo de Khurais.

A ABC citou uma autoridade sênior dos EUA dizendo que Trump estava plenamente consciente de que o Irã era responsável.

A China e a União Europeia pediram cautela. No Reino Unido, o secretário de Relações Exteriores, Dominic Raab, disse que ainda não está claro quem foi o responsável pelo que ele descreveu como uma "violação arbitrária do direito internacional".

O incidente reduziu o suprimento global de petróleo em 5% e os preços dispararam, alcançando U$$71,95, o maior aumento em um dia desde a Guerra do Golfo, em 1991.

Nos postos brasileiros não há impacto, já que o país conta com uma grande reserva. Qualquer aumento poderia levar semanas para atingir os consumidores. No Rio de Janeiro, o preço da gasolina médio nas bombas nesta segunda-feira (16) é de R$ 4,85.


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