"Fizemos uma deliberação e aconselhamos a concessionária de gás a diminuir essa proposta pela metade por cautela, para que isso não influenciasse no aumento da tarifa. A empresa acabou aceitando a sugestão e apresentou uma nova proposta no valor de R$ 150 milhões. O valor acabou ficando muito próximo dos R$ 137 milhões que já tínhamos previsto e dos R$ 144 milhões que eles conseguiram aplicar até o final do ano. Dessa forma, avaliamos que a nossa decisão foi a correta. A projeção inicial deles não era possível de ser atingida pois eles não tinham recursos suficientes", explicou Troisi.
Investimento na área não ultrapassa 12%, pouco mais que a manutenção e lucro da concessionária
A distribuição de gás está no momento em processo de revisão tarifária - que acontece a cada cinco anos - e o plano de investimento está em fase de ajuste. Atualmente, apenas 12% do valor arrecadado com a distribuição de gás é revertido em investimento para o setor. Na divisão, mais de 60% do valor é destinado à Petrobras que fornece o gás, 22% são para pagamentos de tributos e pouco mais de 10% para a área de manutenção, investimento e lucro das concessionárias. Segundo o presidente da CPI, deputado Max Lemos (MDB), que criticou o baixo investimento feito pela concessionária, é essa porcentagem que precisa ser revista.
"Há pouco tempo o presidente da Naturgy disse para a comissão que a Agenersa atrapalhava os investimentos. Hoje já ouvimos que na verdade houve apenas um realinhamento das aplicações se comparado ao histórico das últimas revisões tarifárias. A cada momento chegamos a conclusão que o motivo para o baixo investimento no setor é o resultado da desordem entre a agência que regula e a concessionária. Será preciso que o governo defina objetivamente qual é o investimento para que a Agenersa tenha condição de aplicar e cobrar esse aporte das concessionárias. Essa será a melhor solução e vamos apresentar essa proposta no relatório final", explicou Lemos.
Também estiveram presentes na reunião desta segunda-feira, os deputados Dionísio Lins (PP), Jair Bittencourt (PP) e Rodrigo Bacellar (SDD).
Com site da Alerj