A invasão ao Complexo da Pedreira, em Costa Barros, na Zona Norte do Rio, na última quinta-feira (3), vinha sendo planejada desde o inicio do ano passado. Na ocasião, o traficante que liderou o ataque, Sandro Costa Mariano, o Sandro Mica, que havia deixado a cadeia, prometeu dar um baque no local em vingança contra Emerson Brasil da Silva, o Raro, que havia dado um golpe na favela em 2017, saindo da ADA (Amigos dos Amigos) e indo para o Terceiro Comando Puro (TCP).
Sandro Mica passou um tempo refugiado na Vila Vintém, em Padre Miguel, na Zona Oeste, quartel-general da ADA, mas como não ganhou apoio da facção para tomar a Pedreira resolveu se associar ao Comando Vermelho (CV) e ganhou abrigo no Complexo da Penha.
Voltou a ser preso e quando saiu foi para o vizinho Complexo do Chapadão. Ele se aproveitou da prisão de Raro e da insatisfação dos integrantes do bonde do Coroa (Edmilson Ferreira dos Santos, também conhecido como Sassá, antigo líder da Pedreira e atualmente preso) que não aceitaram sair da ADA para o TCP para invadir a favela.
Há quem diga que Mica entregaria a Pedreira para Sassá, mas este estaria sem dinheiro e armas para administrar o tráfico na comunidade. A guerra na Pedreira deixou ao menos três mortos e três feridos. Sete ônibus foram incendiados e o tiroteio levou pânico aos moradores