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Denúncias apontam participação de PMs em milícia de Nova Iguaçu

Por Mario Hugo Monken em 10/10/2019 às 13:53:02

Policiais militares são citados em denúncias anexadas a um processo na Justiça que apura a atuação de uma milícia nos bairros do Cabuçu e Aliança, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Nenhum deles é réu.

Na última quarta-feira (9), foi preso um dos participantes do bando, Demétrio Menezes Barbosa, em cumprimento a mandado de prisão, expedido pela 1ª Vara Criminal de Nova Iguaçu. Com sua prisão, chegou a 17 o número de milicianos presos no Rio só este mês.

Segundo documento do TJRJ assinado no dia 19 de fevereiro deste ano, uma das denúncias informa que um PM do Bope de vulgo Peri e um subtenente do 20º BPM vulgo Primo (já falecido) participavam da cobrança de R$ 50 semanalmente para que caminhões pudessem realizar entregas nos comércios da Rua Aliança.

Uma outra denúncia revelou que , próximo da Praça do Cabuçu, um suposto coronel do 20º BPM, o sargento Luís do batalhão da Ilha do Governador (17º BPM), e os soldados Bruno e Papel do 20º BPM, junto com milicianos, obrigavam os moradores a pagarem uma taxa de suposta segurança no valor de R$ 45.

Os motoristas do transporte alternativo também eram obrigados pelos milicianos a pagar uma quantia para circular pelo bairro e moradores eram frequentemente ameaçados caso questionassem as ordens dadas pelos paramilitares.

Outra denúncia informou que moradores de uma determinada rua tinham que pagar uma taxa mensal de R$ 15 por segurança e os comerciantes tinham que pagar R$ 50.

Os milicianos também exploravam a prestação de serviços de TV e internet a cabo - “gatonet”.

Um político, que foi candidato a vereador, também aparece nas denúncias como participante da milícia. Ele ocupou o cargo de subsecretário em Nova Iguaçu.
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