Em todas as dicas, aconselhamentos e textos sobre sucesso e qualidade de vida na atualidade, é normal ouvirmos a frase, cuidado com suas crenças, elas podem detonar a sua vida pessoal e profissional e lhe afastar do sucesso.
O mais interessante é que embora, alguns já tenham ouvido falar ou até conheçam o que seja, grande parte das pessoas ainda desconhecem e nem imaginam o impacto e o poder das crenças nas nossas ações.
Podemos dizer que Crenças são pensamentos generalizados, que foram validados pelo indivíduo ou por outras pessoas como verdade absoluta, que definem uma ideia, avaliam uma situação e naturalmente determinam o seu comportamento na vida. Elas fazem parte do nosso mapa mental ou mindset , que guarda todos os nossos registros de memórias, experiências de vida, aprendizagens familiares e de grupos, valores e crenças ao longo da vida.
A crença é aquele pensamento que nos impulsiona a agir ou evitar uma pessoa, situação, e que em alguns momentos, pode ser uma excelente alavanca de força ou ser um grande obstáculo para aprender, experimentar e viver situações nos diversos contextos da vida.
As crenças podem ser conscientes ou inconscientes, positivas ou negativas, flexíveis ou limitantes, e o que acontece é que muitas pessoas, podem não ter noção do poder e impacto que tem sobre os pensamentos, emoções e comportamentos.
Existe uma série de crenças, elas podem estar ligadas à sua visão sobre a vida, riqueza, dinheiro, saúde, amor, inteligência, capacidade de aprender e agir, identidade e imagem pessoal, sobre pessoas, relacionamentos e o ambiente em geral.
Bom, você deve estar se perguntando, em que isso nos afeta? O que podemos observar nas práticas em empresas e no atendimento clínico terapêutico é que pessoas que possuem, crenças negativas e limitantes com relação a sua identidade, autoestima e capacidades, costumam ter problemas para se desenvolver na carreira, manter relacionamentos, achar que não tem sorte na vida, não conseguir evoluir financeiramente e com isso não alcançarem boas oportunidades, prazer e a qualidade de vida. Crenças como não sou bom, Eu não consigo, a vida é dura, isso não é para mim, eu não nasci pra isso, amar é sofrer e outras, podem nos indicar que a autoestima não está boa e sinalizar que precisamos buscar estratégias, recursos e trabalhos terapêuticos para transformar ou abandonar estas crenças e alcançar mudanças comportamentais.
Segue alguns pontos que podem ajudar a modificar as crenças limitantes:
1. Usando os exemplos citados no texto, liste crenças que conseguiu identificar em você e avalie os pensamentos que constantemente vem a sua mente.
2. Faça um desafio para checar a veracidade da crença. Ela é real, você tem exemplos claros de que ela ocorre, você realmente pode afirmar que está crença é verdadeira? Questione, pois em algum momento pode ter sido diferente, mas em função de um único evento, você pode ter generalizado e dado crédito a ela. Aqui vale ressaltar que uma crença, pressupõem o “sempre”, se houve uma variação, então não é verdadeira.
3. Se você chegou à conclusão que ela existe, então é hora de transformar, e aqui vale se perguntar: O que eu posso fazer, para modificar esta percepção e sentimento, afinal, todos podem aprender, treinar e modificar uma situação.
4. Se julgar que é uma tarefa difícil, procure ajuda, leia livros, faça uma terapia, os resultados destes processos sempre são positivos e crenças são como programas, logo podem ser modificadas.
5. Não caia na armadilha de dizer que nasceu assim e não tem jeito, isto também é uma crença limitante.
6. Insista, persista e treine, a mudança se dá por quebra de paradigma, mudança de padrão e repetição. Treinar, treinar até alcançar a mudança.
Dulce Gabiate – Psicóloga, Consultora organizacional com foco na área de desenvolvimento humano. Treinadora de treinadores em TOP- Tecnologia de Participação ICA Phoenix - Arizona USA, Trainer em Programação Neurolinguística pelo INAP e Coach Executivo, Carreira e Vida pelo ICI e InCoaching, Psicóloga clínica, realiza atendimento online. Autora do livro Mudanças – Aprendendo a criar novos comportamentos - publicado pela Agbook.