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O que pode explicar as demissões em massa das empresas de tecnologia?

Digi & Tal, Por George Soares, Jornalista

Em 09/03/2023 às 19:28:15

Nem sou tão velho assim, mas posso dizer que “no meu tempo” o termo correto seria “passaralho”. Hoje, inventaram um neologismo bacana e intitulam de “layoff” as demissões em massa de pessoas que fazem parte de uma companhia. Puseram um nome bonito em algo que vem, sobretudo, de falta de planejamento.

Em 2023, as demissões em massa no setor de tecnologia custaram a saída de dezenas de milhares de trabalhadores e seus empregos. Desta vez, as reduções da força de trabalho foram impulsionadas pelos maiores nomes da tecnologia, como Google, Amazon, Microsoft, Yahoo e Zoom. As startups também anunciaram cortes em todos os setores, inchando ainda mais esse número de demitidos.

O raciocínio por trás dessas reduções de força de trabalho segue um roteiro comum: o panorama macroeconômico desfavorável - inflação e taxas de juros mais altas, contratação excessiva e correção de empregos devido à pandemia do COVID-19.

Muitos trabalhadores contratados durante a pandemia não eram funcionários iniciantes, mas engenheiros e desenvolvedores de software experientes, ganhando salários de seis dígitos com benefícios generosos. A Meta (dona do Facebook, Instagram e Whatsaap), por exemplo, contratou mais de 15 mil pessoas de janeiro a setembro de 2022. No final do ano teve que demitir 13% da força de trabalho

Não raro é o cenário de empresas que estão com muitos funcionários exercendo funções redundantes, o que gera, em última instância, excesso de pessoal. Mas isso fazia sentido em um cenário em que todos estavam em casa e demandavam cada vez mais soluções digitais para o chavão “novo normal”. Essas companhias tinham grandes esperanças de continuar essa taxa de crescimento.

No entanto, com o levantamento das restrições, as pessoas voltaram aos estilos de vida pré-pandêmicos. Com o retorno aos ambientes de trabalho anteriores, as grandes empresas de tecnologia estão removendo a camada extra de funcionários contratados durante o auge da pandemia.

O panorama atual é que algumas das maiores e mais bem-sucedidas empresas do mundo não acreditam que haja uma repetição do crescimento sem precedentes de 2021. Ao mesmo tempo, nenhum deles está remotamente à beira da falência e não há indicação de uma crise de pessoal subqualificado.

Alguns especialistas mencionam que as demissões em tecnologia também podem ser resultado do amadurecimento ou estabilização do setor após um crescimento rápido. As empresas de tecnologia podem não estar no ritmo de adquirir tantos novos clientes, pois muitas pessoas já adotaram seus serviços. Em vez disso, as empresas de tecnologia podem estar olhando além do crescimento e diversificando produtos ou expandindo globalmente. Meus votos é que quem, infelizmente, tenha sido atingido por algum "passaralho", tenha seu talento realmente reconhecido e retorne ao mercado o quanto antes.


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