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"O Porteiro": Waldisney, o zelador, colhe gargalhadas da plateia

Olhar Teatral, Por Paty Lopes, Crítica Teatral

Em 22/08/2023 às 09:10:26

Essa deveria ser uma crítica, mas posso dizer que esse texto é uma celebração, por poder falar de um artista que trabalha com afinco. E que, em poucos dias, estará nas telonas de todo o Brasil.

Não estou aqui para falar da iluminação do espetáculo, do cenário e da direção porque, nesse momento, estamos todos em festa.

Já assisti ao espetáculo "O Porteiro". Ri e chorei com Waldisney, o zelador, que colhe gargalhadas de toda plateia. Uma peça interativa, onde nós - os espectadores - somos todos condôminos. Isso nos conecta com a obra. O espetáculo passa e não sentimos, porque estamos nele.

Posso mencionar alguns trabalhos de Alexandre Lino: "O cego e o Louco"; "O Professor"; "O Marido do Daniel"; e a leitura dramatizada "A Fúria dos Modernistas". O último é de minha autoria. Alexandre é um ator nato, responsável, nos faz sentir que tudo que chega em suas mãos se transforma. É como um "alquimista cênico".

Lembro-me bem ao escutarmos a sua primeira leitura do texto. Eu e o diretor da leitura dramatizada (um concurso do Teatro Prudential), Gilberto Bartholo, de nossas cadeiras, ficamos perplexos com a perfeita atuação do artista. Esse texto foi escrito para ele, mas confesso que eu não esperava tudo que vi.

Lino é um ator que sempre esteve ao meu lado. Quando eu escrevia pequenos textos no Instagram, ele elogiava, agradecia e ainda mandava seus trabalhos para eu divulgar. Um homem que trabalha, segundo ele, diante dos enfrentamentos mais difíceis. Nós estávamos dentro da mesma enfermaria. Há poesia de sobra no artista…

“Falar sobre ALEXANDRE LINO é arriscar-se a cair na mesmice de sempre: ótimo ator, eclético, que transita entre a comédia e o drama com a mesma facilidade e talento. LINO, um dos nomes mais conceituados e respeitados no meio artístico e entre o público, acostumado a representar protagonistas, prova que 'coadjuvante' é o personagem, e não o ator, representando com a força e o vigor de um protagonista, desenvolvendo, com muita habilidade, as características de seu BARTHÔ.” (Crítica do site o "Teatro me Representa").

Com esse texto ("A Fúria dos Modernistas") chegamos ao teatro O Tablado e estaremos em uma escola do Sesi Firjan, em São Gonçalo. A escolha do espaço foi do próprio artista, por ter se apresentado lá, com o espetáculo "O Porteiro" e ter sido recebido calorosamente. Daí nota-se o carinho dele pelo público.

“Uma beleza arretada, se pode dizer, acentuada pelo prazer de ver Alexandre Lino, Rose Germano, Erlene Melo e Paulo Roque atuarem como espécies de brincantes urbanos renovados. Eles entremeiam as suas próprias histórias de vida – todos migraram do Nordeste para o Rio – com as histórias coletadas para a peça. Apesar da liderança e do carisma de Alexandre Lino, o elenco funciona sob um clima de aguda cumplicidade.” (Tania Brandão)

Conversar com Alexandre sempre me traz aprendizado, pois ele entende o ofício que escolheu para si.

Durante a pandemia, fez campanha para os nordestinos, mostrando que, em suas veias, o Nordeste pulsa.

Tenho muito orgulho de ter trabalhado com Alexandre. Digo mais: quando assisti sua obra "Pinóquio", ele me deu uma boa aula da verdadeira história do boneco de pau, muito longe da minha concepção pequena vinda do Walt Disney.

“A linguagem corporal e vocal, em busca do humor e da nostalgia, revela sua emotividade na entrega absoluta dos atores Alexandre Lino e Rose Germano, ora com suas próprias histórias de vida, ora com os 'causos' de terceiros.” (Crítica do site "Escrituras Cênicas").

O artista merece ser visto, reconhecido por sua atuação. E eu estou na torcida.

"O Porteiro" é uma das comédias de maior sucesso no Brasil, vencedor do prêmio FITA e indicado ao Prêmio de Humor idealizado por Fábio Porchat.

O bom é aproveitar para ver esse ser humano teatral de perto enquanto há tempo!

SINOPSE

Pode-se dizer que “O Porteiro” não é uma peça comum, é uma experiência interativa em que os espectadores são convidados a participar de um grande e divertido encontro de condôminos. A plateia são os moradores deste edifício. Em todas as apresentações, a espontaneidade do público torna cada espetáculo totalmente diferente um do outro e uma grande festa acontece nesta reunião coordenada pelo Porteiro Waldisney.

FICHA TÉCNICA:

Texto e Direção: Paulo Fontenelle

Com: Alexandre Lino

Iluminação: Renato Machado

Cenário e Figurino: Karlla de Luca

Assistente de Direção: Rodrigo Salvadoretti

Preparação Corporal e voz: Paula Feitosa

Direção de Arte e Produção: Alexandre Lino

Produção Executiva: George Azevedo

Programação Visual: Guilherme Lopes Moura

Fotos: Janderson Pires

Produtora: Márcia Andrade e Tom Pires

SERVIÇO:

O PORTEIRO – A Comédia

Local: TEATRO NOVA IGUAÇU

Endereço:

Informações:

Capacidade: 579 lugares

APRESENTAÇÕES: Dias 02 e 03 de SETEMBGRO

Sábado às 20h e Domingo às 19h

Duração: 90 minutos

Classificação etária: 12 anos

Gênero: Comédia (adulto)

Ingressos: R$ 80 (inteira) R$ 40 (meia)

Horário da bilheteria: terças e quartas, das 13h às 20h.

Quintas e sextas, das 13h às 21h30. Sábados e domingos a partir das 10h.

Vendas https://www.ingressodigital.com/

Mais informações: www.cineteatroproducoes.com.br








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