A labirintite emocional pode ser considerada como um sinal do corpo para um desequilíbrio psíquico fruto de uma rotina intensa de trabalho e carga de estresse muito elevada. Uma doença cruel que tem ligação direta com a deficiência no gerenciamento das emoções e também do ato de negligenciar os limites do corpo.
A labirintite é uma doença que provoca uma sensação de tontura, pressão e zumbido no ouvido, diminuição do equilíbrio e dor de cabeça frequente. Essas sensações e sintomas podem piorar em situações de estresse agudo, intensidade exagerada de trabalho e preocupação, além de constância de movimentos repentinos e repetidos da cabeça.
Assim como outros sintomas podem ser desencadeados por fatores emocionais, também temos a labirintite emocional, que engrossa essa lista e vem provar, mais uma vez, que o controle da mente e o gerenciamento de nossas emoções são extremamente importantes para amenizar sintomas físicos. O estresse é uma alteração do estado normal do organismo e, por isso, pode desencadear tonturas. Nas crises de ansiedade, a frequência da nossa respiração cresce muito, o que faz com que o nível de oxigênio no sangue aumente, gerando estreitamento dos vasos que vão para o labirinto ou para o sistema nervoso central, causando a sensação de tontura. Além disso, as alterações emocionais, como ansiedade, estresse, fadiga ou depressão, podem piorar o estado do ser humano, já que intensificam mudanças na liberação de hormônios, das funções cardiovasculares e digestivas, do sistema nervoso e psicológicas. Tudo isso é capaz de afetar secundariamente o labirinto. Por isso, o estresse pode ser gatilho para uma crise de labirintite e, consequentemente, a manutenção dos sintomas.
A depender da causa da doença do labirinto, o objetivo terapêutico pode ser a cura, o alívio dos sintomas, a prevenção de crises, além da solução ou controle de doença associada. O tratamento requer algumas medidas importantes, como: mudanças de hábitos e estilo de vida, controle do estresse, exercícios de reabilitação vestibular, uso de medicamentos específicos e terapia constante para o manejo emocional.
É necessário investigar a causa principal do problema através da terapia e do trabalho interno de autoconhecimento que a pessoa pode fazer consigo mesmo, refletindo sobre o que possa estar desencadeando esse processo, sempre se perguntando o que está provocando e acelerando toda essa angústia e apontando, em si, os responsáveis emocionais pelo desconforto que está vivendo. Mais uma vez, olha aí a necessidade de se conhecer melhor mentalmente e expressar seus sentimentos. O fortalecimento do emocional, o aumento da autoestima com a aplicação de técnicas para auxiliar no controle da ansiedade e do estresse, são primordiais no controle da doença.
Portanto, é preciso estar consciente de todo excesso de trabalho e acúmulo de ansiedade e estresse em nossas rotinas diárias, a fim de provocar e promover mudanças urgentes, com o intuito de se evitar o aparecimento de doenças físicas ou psíquicas como a labirintite. Principalmente, é fundamental estar ligado aos indícios emocionais, sem negligenciar os sinais. Buscar a ajuda de um médico e de um profissional de saúde mental e não se descuidar das emoções. Afinal, problemas emocionais podem agravar doenças físicas já existentes, além de evidenciarem novas comorbidades.