A Justiça determinou que fossem feitas buscas e apreensões em 29 endereços nos bairros de Miguel Couto, Cerâmica, Geneciano, Comendador Soares, Boa Esperança, Vila de Cava, Jardim Paquetá/Palhada, Figueiras, Jardim Palmares e Grama, em Nova Iguaçu, Bangu e Santíssimo, na Zona Oeste da capital, Rio Claro (interior do Estado), e em Rio das Ostras e Cabo Frio, municípios litorâneos fluminenses.
As diligências aconteceram para descobrir o paradeiro de integrantes de uma quadrilha formada por, ao menos, 27 pessoas. O bando é investigado por cometer uma chacina no último dia 1º de novembro no bairro Geneciano, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Naquela ocasião, André Luís Vieira Junior, Thalles Pereira Rodrigues, Pedro Paulo Romariz do Nascimento e Fernando André Rodrigues Torres foram mortos e um homem foi baleado, mas sobreviveu.
Segundo as investigações da polícia, os crimes teriam sido praticados por uma organização criminosa atuante na região.
Três dos suspeitos participaram de uma quadrilha especializada em prática de furtos mediante arrombamento de caixas eletrônicos que agiu anos atrás. Outros quatro já tiveram participação confirmada em milícias.
Na Cerâmica
Ainda em Nova Iguaçu, agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) prenderam anteontem (23) dois homens acusados de integrarem um grupo criminoso que disputava a expansão de suas atividades de segurança no bairro Cerâmica.
Eles, com mais dois outros homens, são suspeitos de praticar um homicídio contra Alexandre Araújo de Brito, na Rodovia Presidente Dutra, em 18 de outubro de 2019. A vítima passava com seu carro na rodovia quando foi executada com mais de 30 disparos de arma de fogo.
Durante as diligências realizadas pela delegacia especializada foram ainda localizados pontos utilizados pelo grupo criminoso para clonar, desmontar e cortar veículos roubados, furtados ou obtidos através do famoso "tombo de seguro". Nesses locais foram achados aproximadamente cem carros, carcaças, placas e peças diversas de veículos produtos de crime.
Em um dos sítios em Nova Iguaçu utilizado pelo grupo, além de carcaças foi encontrada uma ossada de uma vítima tida como desaparecida. Em outro sítio, no mesmo município, foi apreendida uma arma de fogo e localizados 2 veículos roubados que seriam cortados e desmontados.
Segundo a polícia, ainda existem indícios de que os suspeitos pretendiam criar e expandir uma milícia no local, pois já haviam assumido a segurança de um conjunto habitacional estilo "Minha casa, Minha vida", através de uma empresa constituída em seus próprios nomes, a fim de dar aspecto de legalidade ao serviço.
Não se sabe ainda se esses grupo teria ligação com a quadrilha que praticou a chacina em novembro.