Um estudante esfaqueou dois colegas, nesta terça (10), durante o horário do recreio no Colégio CELC, no bairro de Bonsucesso, no Rio. Segundo alguns alunos, o adolescente, que seria do segundo ano do técnico em Informática, teria aproveitado o horário do intervalo da manhã para realizar os ataques aos dois colegas. O agressor, portando duas armas cortantes, atingiu a mão de um aluno com um canivete e as costas de outro com uma faca. Com uma Bíblia, o rapaz ainda teria dito a uma das vítimas "Deus te abençoe" durante a tragédia. O adolescente foi detido por um colega, que desferiu um soco para impedi-lo de atingir outros estudantes. O Corpo de Bombeiros foi ao local e atendeu às duas vítimas que, apesar dos ferimentos, estavam em estado estável. O jovem que foi atingido com o canivete foi liberado e o outro que levou uma facada foi encaminhado para o Hospital Estadual Getúlio Vargas.
Os policiais da 22º BPM (Maré) atenderam à ocorrência, que está sob investigação da 21ª DP (Bonsucesso).
A informação inicial é que o jovem que realizou os ataques sofria bullying de outros colegas. O caso foi classificado como fato análogo à tentativa de homicídio.
A Unisuam que aluga o prédio para o colégio emitiu a seguinte nota sobre o incidente:
"Informamos que o ocorrido no Colégio CELC, que aluga um espaço e funciona de maneira totalmente independente da UNISUAM, já está sendo tratado e conduzido pela escola. Segundo o CELC, todas as medidas já foram tomadas.
Lamentamos o acontecimento."
Ataque à Escola Raul Brasil em Suzano fará um ano neste mês
O ataque à Escola Raul Brasil em Suzano que levou à morte de oito vítimas e dois assassinos completará, nesta sexta (13), um ano. Na ocasião, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, entraram na instituição, feriram 11 pessoas e assassinaram 5 alunos e dois funcionários. Os agressores utilizaram uma machadinha, um revólver 38 e uma besta para atacar suas vítimas. Um outro adolescente, de 17 anos, foi preso e considerado o mentor do massacre.
O portal Eu,Rio realizou em março do ano passado duas matérias que mostravam a falta de medidas efetivas de prevenção ao bullying e de segurança nas escolas públicas do Rio de Janeiro. Na ocasião, apesar da Secretaria Estadual de Educação e as Secretarias Municipais do Rio de Janeiro terem afirmado possuírem projetos de combate à violência nas escolas, foi constatada a falta de profissionais capacitados nas instituições para lidarem com esses casos.