Com medo de perder a formação, os alunos continuam indo as aulas que, em média, unem cerca de duas mil pessoas. Alguns deles são de outros estados. De acordo com relatos, a Marinha não disponibilizou álcool em gel ou qualquer tipo de prevenção, visto que as salas de aulas e refeitórios estão sempre lotados pela expressiva quantidade de alunos.
Segundo fonte ouvida pelo Portal Eu, Rio!, esta semana um navio estrangeiro, vindo do Senegal, país que já registrou 26 casos com transmissão local do vírus , chegou ao Rio de Janeiro. Os tripulantes estão alojados na CIAA. A fonte afirmou que o grupo não passou por triagens, mas seguem em quarentena.
Desesperada, a esposa de um cabo relatou a nossa equipe de reportagem a negligência por parte da instituição.
"Tem uma pessoa em sua turma [referindo-se ao esposo que apresenta todos os sintomas do corona, mas que está indo estudar mesmo assim, para não perder o curso de sargento", afirmou a jovem que teve sua identidade preservada.
Além da falta de cuidado, a esposa do cabo disse que a Marinha espera chegar no nível quatro no Plano de Contingência do Governo Estadual.
"Essa de esperar o nível 4 é um desaforo para as pessoas que trabalham lá. Vai esperar todos serem contaminados? Inaceitável", disse.
O que disse a Marinha?
Em nota, a Marinha do Brasil, por intermédio do Comando do 1º Distrito Naval, afirmou que o Centro de Instrução Almirante Alexandrino teve suas atividades suspensas desde o dia 17 de março de 2020. "É relevante destacar, ainda, que foram adotados protocolos clínicos, terapêuticos e um rigoroso monitoramento de proteção aos alunos em todas as Organizações Militares de Ensino da MB, com permanente vigilância à evolução da COVID-19", relatou o comunicado.