O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, anunciou nesta terça (14), que receberá 190 toneladas de equipamentos médicos vindos da China. Segundo Crivella, o município irá buscar, com a ajuda dos aviões da FAB, 806 respiradores, 3 milhões de máscaras, óculos e uma série de itens médicos comprados no ano passado, antes da pandemia da Covid-19.
“Esse é o equipamento mais procurado do mundo. Estão vindo tomógrafos também, fundamentais para os exames mais importantes no caso do novo coronavírus. Virão também mais carrinhos de anestesia, que podem ser usados como respiradores, raios X digitais, aparelhos de ultrassonografia e de eletrocardiograma. Tínhamos planejado reaparelhar as nossas unidades de saúde no município e fizemos a compra. Pagamos por respirador 12 mil dólares, cerca de R$ 40 mil. Na ocasião, o dólar estava mais em conta. Hoje, um respirador é vendido por R$ 200 mil, e há um detalhe: paguei em prestações, durante cinco anos, não paguei à vista, como hoje estão praticamente exigindo. Não foi só comprar, mas fazê-lo em uma condição muito boa. Quero agradecer muito ao presidente Jair Bolsonaro e ao general Braga Netto”, disse o prefeito.
A opção de trazer diretamente da China foi sugerida pela empresa fabricante dos itens médicos. De acordo com os chineses, a carga poderia ser apreendida na Europa ou nos Estados Unidos, devido à pandemia, e que, buscá-la, seria o mais seguro.
As 190 toneladas de equipamentos médicos serão divididas em dois lotes. A primeira remessa de 111 toneladas irá chegar em 27 de abril e a segunda, em 27 de maio. A carga chegará ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, e será transportada em caminhões, com escolta federal para o Rio de Janeiro.
Marcelo Crivella voltou também a pedir aos cariocas que fiquem em casa para evitar aglomerações.
“A gente faz o apelo que sempre fez: que as pessoas não façam aglomeração. Classificamos de aglomeração a reunião de duas ou mais pessoas, em uma distância menor de dois metros. O contágio ocorre nesse momento. Na reunião feita ontem com cientistas do Rio de Janeiro, ficou decidido que as medidas de afastamento têm que ser mantidas de forma sagrada”, comentou Crivella.