Em atendimento a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu a prorrogação por mais cinco dias das prisões temporárias das seis pessoas investigadas no Inquérito 4.828, que apura a organização e o financiamento de atos antidemocráticos. A decisão é do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso na Suprema Corte, que atendeu pedido do vice- procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros.
Ao fazer a solicitação, o vice-procurador-geral defendeu a imprescindibilidade da segregação para a atual fase do inquérito policial. Os investigados são apontados como líderes do movimento 300 do Brasil, como a ativista Sara Winter, que mantinha acampamento na Esplanada dos Ministérios em Brasília e que foi responsável pela organização de alguns atos em que participantes defenderam medidas antidemocráticas como o fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal.
Na decisão que prorrogou as prisões, o ministro também deferiu o pedido da PGR para que seja garantido aos requeridos o encarceramento em celas atualmente reservadas à proteção de presos que sofrem risco de represálias ou, se isso não for possível no complexo penal, que os presos fiquem na carceragem da Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal no Distrito Federal.